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Moro diz que o candidato do governo na eleição de 2022 será Bolsonaro

Moro diz que o candidato do governo à eleição de 2022 será Bolsonaro

UOL Notícias

Lucas Borges Teixeira

Colaboração para o UOL, em São Paulo

05/07/2019 17h38

Sergio Moro disse hoje que o candidato do governo nas eleições de 2022 será o presidente Jair Bolsonaro (PSL). Em evento voltado ao mercado financeiro nesta sexta-feira (5), o ministro da Justiça e Segurança Pública foi questionado sobre concorrer ao cargo.

Moro afirmou que ainda acha muito cedo para tratar do assunto, mas, visto que o próprio Bolsonaro já se manifestou sobre o tema, ele gostaria de reforçar o apoio à reeleição do presidente.

"O candidato do governo vai ser o presidente à reeleição. Então, não tem sentido [falar em candidatura dele]", afirmou o ministro, ao responder se ele pensava em concorrer à Presidência da República. A pergunta foi recebida com aplausos pela plateia.

"Mas eu não falei em 2022", ressalvou a interlocutora, a jornalista Natuza Nery. O ministro, no entanto, não respondeu. Grande parte do público mostrou entusiasmo diante da possibilidade, com gritos de "presidente" entre os aplausos.

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Moro não vê ilicitude em novas mensagens divulgadas

Mais cedo, no mesmo evento, Moro afirmou que não há ilicitude nas últimas mensagens reveladas pela revista Veja e pelo site The Intercept Brasil na madrugada desta sexta. Sem confirmar a autenticidade, o ex-magistrado afirmou que as mensagens foram "tiradas de contexto" e acusou a imprensa de sensacionalismo.

"Eu respeito muito a imprensa, mas acho que ali teve um erro de procedimento. Eu não tive direito de resposta, não apresentaram estas mensagens antes para que nós pudéssemos avaliar", afirmou o ministro.

De acordo com novos diálogos revelados, Moro teria alertado o coordenador da força-tarefa da Operação Lava Jato, Deltan Dallagnol, que o MPF (Ministério Público Federal) não havia incluído uma informação considerada importante por ele na denúncia de um réu, entre outros pedidos considerados impróprios aos procuradores.

Moro voltou a reiterar que não tem como confirmar a veracidade das mensagens, mas afirmou que, caso sejam dele, não há nada de ilícito no conteúdo divulgado. "Eu não posso confirmar a autenticidade, mas posso verificar fatos", afirmou Moro. Segundo ele, não houve qualquer quebra da imparcialidade.

"A revista fala que eu mandei uma mensagem pedindo urgência do MP para se manifestar sobre um pedido de revogação de prisão preventiva. Uma mensagem de 17 ou 16 de fevereiro, dia 19 começa o recesso. Se for autêntica, eu estaria pedindo: preciso da manifestação para decidir o pedido. O que tem de ilícito de uma mensagem dessa espécie? Pelo contrário", argumentou o ex-juiz.

Moro falou ainda que este é um "assunto desagradável e repetitivo" que tem sido tratado com sensacionalismo pela imprensa. "[A publicação] pega uma mensagem que a gente não sabe nem se é autêntica e cria um contexto totalmente falso", declarou Moro.

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