Topo

"Vaia não era para mim, mas para o pessoal da Argentina", diz Bolsonaro

Bolsonaro acena durante semifinal; no intervalo, ele foi vaiado por parte da torcida - Mauro PIMENTEL / AFP
Bolsonaro acena durante semifinal; no intervalo, ele foi vaiado por parte da torcida Imagem: Mauro PIMENTEL / AFP

Guilherme Mazieiro

Do UOL, em Brasília

05/07/2019 13h48

Vaiado durante partida entre Brasil e Argentina, o presidente Jair Bolsonaro (PSL) tentou minimizar as críticas hoje, três dias depois da vitória da seleção por 2 a 0 na semifinal da Copa América. Ele disse que as vaias não foram para ele, e sim para os jogadores argentinos que entraram em campo quando ele estava no gramado.

"Houve vaia quando a seleção da Argentina entrou. E aí jogaram a câmera para cima de mim, queriam o quê? Eu, de paletó e gravata, no Mineirão enorme. Uma vaia estrondosa, de repente, para mim? Não tem cabimento isso. Quem do outro lado sabia que era eu? Não sabia, a vaia foi para o pessoal da Argentina", disse.

A situação se deu no intervalo da partida. A final será disputada neste domingo, no Maracanã, entre Brasil e Peru. Bolsonaro convidou o ministro Sergio Moro (Justiça) para a partida, em um momento em que o ex-juiz é alvo de questionamentos sobre uma eventual parcialidade no julgamento de casos da Lava Jato.

Ele disse que essa explicação ajuda a "desfazer mais uma fake news". O presidente disse que a situação é semelhante a outra que aconteceu em abril. Na ocasião, reportagens comunicaram que uma garota havia se recusado a cumprimentá-lo, mas no caso, ele havia perguntado se ela era palmeirense, e a criança respondeu negativamente, conta.

"O vídeo foi desmascarado. Obrigado pela pergunta, ajuda a desfazer mais uma fake news. E se um dia eu levar uma vaia, vou, logicamente, pensar onde estou errando", declarou.

Bolsonaro encontra Neymar em Brasil x Argentina

Band Entretenimento

O governo Bolsonaro teve início em 1º de janeiro de 2019, com a posse do presidente Jair Bolsonaro (então no PSL) e de seu vice-presidente, o general Hamilton Mourão (PRTB). Ao longo de seu mandato, Bolsonaro saiu do PSL e ficou sem partido até filiar ao PL para disputar a eleição de 2022, quando foi derrotado em sua tentativa de reeleição.