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Após reforma avançar, Bolsonaro agradece a deputados e destaca Rodrigo Maia

4.jun.2019 - O presidente Jair Bolsonaro deixa a Câmara dos Deputados acompanhado pelo presidente da Casa, deputado Rodrigo Maia, após entregar o Projeto de Lei da CNH (Carteira Nacional de Habilitação) - Andre Coelho/Folhapress
4.jun.2019 - O presidente Jair Bolsonaro deixa a Câmara dos Deputados acompanhado pelo presidente da Casa, deputado Rodrigo Maia, após entregar o Projeto de Lei da CNH (Carteira Nacional de Habilitação) Imagem: Andre Coelho/Folhapress

Bruno Aragaki

do UOL, em São Paulo

10/07/2019 20h31

O presidente Jair Bolsonaro (PSL) foi ao Twitter agradecer os parlamentares pela aprovação em primeiro turno da reforma da Previdência - que ainda passará por um segundo turno na Câmara e precisará ser submetida ao Senado.

"Cumprimento a Câmara dos Deputados, na pessoa do seu Presidente Rodrigo Maia", escreveu o presidente menos de 20 minutos depois de o texto-base ter sido aprovado nesta noite.

Segundo o porta-voz da presidência, general Otávio do Rêgo Barros, Bolsonaro acompanhou a votação ao vivo pela televisão de seu gabinete no Palácio do Planalto, a poucos metros do plenário da Câmara, onde ocorreu a sessão.

Ao comemorar o resultado, Bolsonaro também destacou também o placar: 379 votos a favor e 131 contra -- 69 votos a mais do que o mínimo necessário para que a Proposta de Emenda à Constituição avançasse.

O texto ainda ser alterado pelos deputados, que analisam os chamados "destaques" - pedidos feitos por deputados para votar separadamente emenda ou parte do texto.

O presidente da República também escreveu que "o Brasil está cada vez mais próximo de entrar no caminho do emprego e da prosperidade". Pela manhã de hoje, com a votação na agenda da Câmara, o governo havia publicado uma edição extra do "Diário Oficial da União" liberando R$ 178 milhões em emendas parlamentares.

Se aprovada no segundo turno da Câmara, que ainda não tem data agendada, e no Senado, a reforma mudará regras para conseguir a aposentadoria, estabelecendo uma idade mínima de aposentadoria de 62 anos para mulheres, com 15 anos de contribuição, e de 65 para homens, com 20 anos de contribuição. Também alterou a forma de cálculo do valor da aposentadoria, na prática, reduzindo os benefícios.

O texto ainda afeta servidores, professores, policiais, pensões por morte, aposentadorias por invalidez e do deficiente e até o abono do PIS/Pasep.

O governo Bolsonaro teve início em 1º de janeiro de 2019, com a posse do presidente Jair Bolsonaro (então no PSL) e de seu vice-presidente, o general Hamilton Mourão (PRTB). Ao longo de seu mandato, Bolsonaro saiu do PSL e ficou sem partido até filiar ao PL para disputar a eleição de 2022, quando foi derrotado em sua tentativa de reeleição.