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Bolsonaro critica Fernández: "Não acredito que siga na linha de democracia"

do UOL, em São Paulo

16/08/2019 09h17

O presidente Jair Bolsonaro (PSL), afirmou na manhã de hoje que a eventual vitória de Alberto Fernández na eleição presidencial da Argentina pode trazer problemas ao Brasil. O candidato de oposição ao governo Mauricio Macri, apoiado por Bolsonaro, venceu as eleições primárias na última semana e desponta como favorito para a eleição, que ocorre em outubro.

O presidente afirmou não acreditar que Fernández, que tem a ex-presidente Cristina Kirchner como candidata a vice, "siga na linha da democracia e democracia". Bolsonaro também citou que o político argentino já visitou o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva e confirmou uma possível saída do Brasil do Mercosul em caso de vitória do Partido Justicialista.

"O Paulo Guedes já sabendo disso [questões ideológicas e vantagem de Fernández] falou que, se der algum problema, sai do Mercosul. Esse pessoal quando se apodera não quer sair mais. Sempre viveram às custas da coisa pública", disse Bolsonaro, em live transmitida pelo Facebook nesta manhã.

Bolsonaro voltou a lembrar o problema vivido na fronteira Venezuela-Brasil como exemplo do que pode acontecer com a Argentina em caso de vitória de Fernández.

"O Rio Grande do Sul pode se transformar em uma Roraima. Se a questão econômica afundar na Argentina, a elite vai fugir imediatamente, é comum acontecer. Na Venezuela, começou com os mais ricos fugindo para Miami, Colômbia e Chile, e os pobres acabaram indo para o Brasil por questão de linguística, costumes parecidos e origem. No sufoco, o pessoal esta vindo a pé. Vai acontecer a mesma coisa na Argentina", afirmou, repetindo o que já havia dito na última segunda-feira em visita a Pelotas (RS).

O governo Bolsonaro teve início em 1º de janeiro de 2019, com a posse do presidente Jair Bolsonaro (então no PSL) e de seu vice-presidente, o general Hamilton Mourão (PRTB). Ao longo de seu mandato, Bolsonaro saiu do PSL e ficou sem partido até filiar ao PL para disputar a eleição de 2022, quando foi derrotado em sua tentativa de reeleição.