Reprovação de Bolsonaro sobe para 38%, aponta pesquisa Datafolha
Uma pesquisa da "Datafolha", publicada hoje pelo jornal "Folha de S.Paulo", mostra um crescimento na reprovação do presidente Jair Bolsonaro para 38%. No levantamento anterior do instituto, no início de julho, o índice de pessoas que classificaram o governo como ruim/péssimo era de 33%.
Já a aprovação (bom/ótimo) caiu dentro do limite da margem de erro (dois pontos percentuais para mais ou menos), indo de 33% em julho para 29% neste levantamento. O índice de avaliação regular passou de 31% para 30%.
A pesquisa Datafolha foi realizada com 2.878 pessoas em 175 municípios de todo o país, nos dias 29 e 30 de agosto. A margem de erro é de 2 pontos percentuais para mais ou para menos e o nível de confiança é de 95%.
O período em que a pesquisa Datafolha registrou o aumento da reprovação a Bolsonaro coincide com o envolvimento em assuntos que tiveram grande repercussão. Ao mesmo tempo em que o governo viu aprovada na Câmara a Reforma da Previdência, houve polêmica em relação à atuação contra as queimadas na Amazônia, à indicação de seu filho Eduardo Bolsonaro para a embaixada em Washington, entre outros.
A pesquisa aponta Bolsonaro como o presidente mais mal avaliado nos oito primeiros meses entre aqueles em primeiro mandato. Fernando Henrique Cardoso (15% de reprovação em 1995), Luiz Inácio Lula da Silva (10% em 2003) e Dilma Rousseff (11% em 2011) tinham índices de ruim/péssimo inferiores neste mesmo período.
Outros dados significativos
A pesquisa Datafolha ainda indicou que 44% dos brasileiros não confia na palavra do presidente, enquanto 36% confiam eventualmente e 19%, sempre.
No Nordeste, o índice de avaliação ruim e péssimo ao governo Bolsonaro subiu de 41% para 52% de julho para cá. Na região Sul, o índice teve aumento de 25% para 31%.
Entre os mais ricos, com renda mensal acima de 10 salários mínimos, a aprovação ao presidente caiu de 52% para 37% no período.
Já a avaliação dos que acreditavam que Bolsonaro faria uma gestão ótima ou boa teve a segunda queda consecutiva: eram 59% em abril, 51% em julho e 45% agora. Já os que creem em uma administração ruim ou péssima são 32% - eram 24% em julho e 23%, em abril.
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