Juiz condenou Haddad por caixa 2 em eleição sem perícia, diz jornal
A Justiça Eleitoral condenou o ex-prefeito de São Paulo Fernando Haddad (PT) sem ter um parecer técnico a respeito do consumo de energia em uma gráfica.
Segundo reportagem do jornal Folha de S.Paulo, o juiz Francisco Carlos Shintate apontou que duas gráficas emitiram notas fiscais frias para a campanha vitoriosa de Haddad à Prefeitura de São Paulo em 2012. Um dos argumentos para sustentar a sentença é que a gráfica não teve aumento substancial de consumo de energia no período eleitoral.
O processo traz uma tabela que comparou o gasto de energia nos meses de agosto e setembro de 2012 com o mesmo período no ano anterior. Os dados, porém, apontam é que, comparativamente, houve aumento no consumo de energia.
Apenas no mês de agosto, houve aumento de 23,1 mil kWh entre 2011 e 2012. No mês seguinte, o gasto maior foi de 20,6 mil kWh.
Em agosto de 2012, a gráfica produziu 8,5 milhões de panfletos ou folhetos para a campanha, o que demandou 10,7 mil kWh, com 204 horas de trabalho. Em setembro, foram 4,2 milhões de materiais impressos, o que gerou um gasto de 2,8 mil kWh e 53 horas de trabalho.
Contudo, a decisão judicial diz que os aumentos na conta de luz não foram significativos. Mas três técnicos do setor de gráficas e um de uma fabricante de máquinas ouvidos pela Folha afirmam que o acréscimo seria suficiente para a produção do material declarado por Haddad.
Procurado pela Folha, o juiz não se pronunciou sobre a reportagem, segundo a Justiça Eleitoral, por "impedimento legal". A defesa de Haddad, por sua vez, disse que não solicitou a perícia no processo porque "o ônus da prova é da acusação". Os advogados do ex-prefeito recorrem da decisão de primeira instância.
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