Ex-presidente do Coaf se aposenta após perder cargo no governo
O ex-presidente do Coaf (Conselho de Controle de Atividades Financeiras), Roberto Leonel, se aposentou após perder seu cargo no governo. Leonel havia sido indicado pelo ministro da Justiça, Sergio Moro, para chefiar o órgão de monitoramento de transações monetárias. Após mudanças no órgão, deixou seu posto e solicitou o encerramento de sua carreira no serviço público.
Leonel era auditor fiscal da Receita Federal. Antes de ir para o Coaf, ele foi chefe do Espei (Escritório de Pesquisa e Investigação) da Receita em Curitiba.
O escritório, sob a gestão de Leonel, colaborou intensamente com a operação Lava Jato. Justamente por conta disso, Leonel foi alçado por Moro a chefe do Coaf.
Ele assumiu a chefia do órgão em janeiro de 2019 dizendo que teria liberdade total para exercer suas funções. Essa liberdade, dizia ele, teria sido lhe garantida pelo ministro Moro.
Após discussões no Congresso Nacional, entretanto, o Coaf deixou de ser ligado ao Ministério da Justiça e foi transferido para o Ministério da Economia. Passou a ser tratado como UIF (Unidade de Inteligência Financeira) do BC (Banco Central).
A mudança contrariou Leonel. Ele deixou o Coaf.
O economista servidor aposentado do BC, Ricardo Liáo, foi nomeado para chefiar a UIF.
Fora do governo, Leonel pediu para aposentar-se. Uma portaria confirmando sua aposentadoria foi publicada no dia 17 de setembro no Diário Oficial da União.
Leonel já está de volta a Curitiba. Ontem, encontrou-se alguns de seus antigos colegas da Lava Jato. Entre eles, o procurador da República Deltan Dallagnol, coordenador da operação.
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