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"Sensação de que é tudo combinado", diz Janaína Paschoal sobre crise no PSL

A deputada estadual Janaína Paschoal (PSL-SP) participa de debate na Câmara dos Deputados, em Brasília - Pablo Valadares/Câmara dos Deputados
A deputada estadual Janaína Paschoal (PSL-SP) participa de debate na Câmara dos Deputados, em Brasília Imagem: Pablo Valadares/Câmara dos Deputados

Do UOL, em São Paulo

17/10/2019 12h09

A deputada estadual Janaína Paschoal (PSL-SP) fez um desabafo hoje em seu perfil no Facebook sobre a crise em seu partido. Ela disse estar pessimista com os três poderes e que tem a "sensação de que é tudo combinado".

"Os jornalistas pedem para eu explicar o que está acontecendo no partido a que estou filiada e só o que eu posso dizer é que não tenho a menor ideia do que se passa. A situação é tão teratológica, que fico com a sensação de que é tudo combinado. Tanta loucura parece impossível!", escreveu.

A crise no PSL começou em 8 de outubro, quando Bolsonaro disse a um apoiado - sem saber que estava sendo transmitido ao vivo - para "esquecer o PSL" e afirmou que o presidente da sigla, Luciano Bivar, está "queimado pra caramba".

Ontem à noite, a ala pró-Bolsonaro apresentou uma lista com 27 nomes do PSL apoiando o deputado Eduardo Bolsonaro para substituir Delegado Waldir (GO) como líder do PSL na Câmara. Também ontem, foram revelados áudios nos quais Bolsonaro estaria articulando a queda de Waldir.

Janaína também desabafou sobre outros temas da política brasileira. "Ando pessimista com o Executivo, com o Legislativo e com o Judiciário.
Ontem, pedi votação nominal em um projeto e fui tratada como se tivesse cometido uma ilicitude. Por que se gasta tanto com o Poder Legislativo, se os Parlamentares não podem debater as propostas? A cada dia, fico mais convencida de que precisaríamos reduzir os Parlamentos".

"Hoje, ao que tudo indica, o Supremo Tribunal Federal vai jogar mais uma pá de terra na cova do processo de depuração. Primeiro, foi a suspensão das investigações baseadas nas informações do Coaf, depois, a estranha decisão referente ao prazo para as alegações finais. Agora, vão rever a recente orientação referente às prisões após decisões em segunda instância", disse, se referindo ao julgamento desta tarde que pode influenciar em prisões da Operação Lava Jato, incluindo a do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva.

As Cortes levam décadas para rever as próprias posições. Aqui, nada é palpável. Dá medo viver num país assim! Já leio sobre anulações de Mensalões e Lava Jato, fora o resto", finalizou.