"Quero de novo levar meu filho a um jogo do Santos", diz Bruno Covas
O prefeito de São Paulo Bruno Covas (PSDB), diagnosticado com um câncer no esôfago há pouco mais de uma semana, afirmou que quer vencer a doença para poder " de novo levar o filho a um jogo do Santos". Em entrevista concedida ao Fantástico, Covas disse que Tomás, de 14 anos, foi a primeira coisa que veio em sua cabeça quando soube da doença.
"Não tem como não pensar na família nessa hora. Eu não podia deixar de vencer essa, ainda tem muito tempo para passar ao lado dele [Tomás]. Quero de novo levar meu filho a um jogo do Santos. (...) Meu maior medo é não vencer, mas, graças a deus, tive uma boa reação à primeira sessão de quimioterapia", disse Covas.
Boletim médico divulgado na última sexta (1º) mostra que o prefeito não apresentou "sintomas relativos à quimioterapia". Os médicos responsáveis pela recuperação de Covas afirmam que ele deve ter alta nos próximos dias.
Covas deve passar por mais duas sessões de tratamento. "Os médicos falaram: ou faz tratamento mais agressivo, com mais efeito colateral, ou o tratamento menos agressivo. Eu falei 'quero o mais forte de todos'", disse Covas na entrevista.
A reportagem ainda lembrou que o avô do prefeito, o ex-governador Mário Covas (PSDB), também foi diagnosticado com câncer enquanto ocupava o cargo. O antecessor de Geraldo Alckmin pediu afastamento e morreu em janeiro de 2001. A despeito de ter se afastado, não renunciou ao cargo.
"Eu me lembro desse período que ele enfrentou a doença e deixou essa lição. Não cabe nesse momento escolher falar ou não falar. Ele tem obrigação de contar para as pessoas, eu sou responsável por 12 milhões de pessoas e elas têm o direito de saber a condição que está o prefeito", disse Bruno.
Ele relembrou ainda que, em determinado momento, seu avô não tinha mais condições de administrar o governo e batalhar contra o câncer. "Houve um momento que ele não tinha mais condição de tocar as duas coisas. Passou a esquecer o nome, a doença apareceu no cérebro. Eu escolhi ficar porque tenho condição de ficar, se não tivesse, teria a obrigação de pedir licença. Não tenho energia para trabalhar 14, 15 horas, mas dá para trabalhar umas oito, nove", completou o prefeito.
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