Operação Patrón: ex-presidente do Paraguai tem habeas corpus negado
O ex-presidente do Paraguai, Horacio Manuel Cartes Jara, que teve prisão preventiva decretada pela Justiça Federal do Rio de Janeiro, teve seu pedido de habeas corpus negado hoje pelo juiz federal Gustavo Arruda Macedo, que atua como convocado no gabinete do desembargador federal Abel Gomes, relator de processos da Lava Jato no Tribunal Regional Federal - 2ª Região (TRF2)
O magistrado também negou pedidos de liminar apresentados pelos investigados Myra de Oliveira Athayde (namorada de Dario Messer), Cecy Mendes Gonçalves da Mota, Arleir Francisco Bellieny e Roland Pascal Gerbauld.
As ordens de prisão foram expedidas no inquérito da Operação Patrón, desdobramento da Lava Jato que apura esquema de corrupção e lavagem de dinheiro envolvendo o doleiro Dario Messer, que também teve prisão preventiva determinada pela primeira instância.
Em suas decisões, o juiz Gustavo Arruda entendeu que não houve, por parte do juízo de primeiro grau, "manifesta ilegalidade ou abuso na decisão atacada".
A pedido da PF (Polícia Federal) e com o apoio do MPF-RJ (Ministério Público Federal do Rio de Janeiro), o ex-presidente teve sua prisão decretada, junto com outras 19 pessoas suspeitas de integrar uma quadrilha chefiada por Messer.
Cartes não foi preso pois está no Paraguai. Sua prisão e posterior extradição dependem de negociações diplomáticas. Messer é investigado pela Lava Jato desde 2018. Conhecido como o doleiro dos doleiros, ele teve sua prisão preventiva decretada em maio daquele ano.
Segundo investigadores, o brasileiro escondeu-se no Paraguai para não ser preso. Lá, teria contado com a colaboração de Cartes, que presidiu o país até agosto do ano passado.
Investigações apontam que Messer escreveu uma carta a Horacio Cartes, a quem considera "um irmão de alma", pedindo US$ 500 mil dólares para custear sua defesa.
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