Lewandowski apoia uso de dados da Receita, mas silencia sobre Coaf
Oitavo votar a o julgamento do STF (Supremo Tribunal Federal) sobre o uso de dados fiscais em investigações do Ministério Público (MP) e da polícia o ministro Ricardo Lewandowski aprovou o compartilhamento de dados pela Receita, mas não votou sobre a atuação da UIF — novo nome do Coaf.
O ministro defendeu que o processo originalmente tratava apenas da atuação da Receita e o caso da UIF não deveria ser analisada neste julgamento.
STF tem maioria
Ainda assim, o STF alcançou maioria de seis votos para permitir o compartilhamento de dados sigilosos fiscais e bancários com o Ministério Público e autoridades policiais, sem as restrições defendidas pelo presidente do Supremo, Dias Toffoli.
Oito ministros já votaram, mas apenas Toffoli defendeu regras mais restritas para o repasse de informações por órgãos de controle, como a Receita Federal e a UIF (Unidade de Inteligência Financeira), nome atual do antigo Coaf.
Relator do processo, Toffoli foi o primeiro a se manifestar, ainda na sessão do último dia 20, e defendeu limitações para o compartilhamento dos dados, como a proibição de relatórios feitos "por encomenda" dos investigadores e a ressalva de que as informações do Coaf não valem isoladamente como prova.
Segundo ministro a votar, Alexandre de Moraes rejeitou as restrições propostas por Toffoli e propôs regras mais amplas para o compartilhamento de informações em investigações criminais.
Os ministros Edson Fachin, Luís Roberto Barroso, Rosa Weber, Luiz Fux e Cármen Lúcia seguiram o voto proposto por Moraes e dessa forma também rejeitaram as restrições defendidas por Toffoli.
Oitavo voto, Ricardo Lewandowski aprovou o compartilhamento de dados pela Receita, mas não votou sobre a atuação da UIF. O ministro defendeu que o processo originalmente tratava apenas da atuação da Receita e o caso da UIF não deveria ser analisada no julgamento.
Os ministros Luís Roberto Barroso, Rosa Weber e Cármen Lúcia também defenderam a exclusão da análise sobre a UIF, mas terminaram por votar também sobre esse ponto.
Ainda faltam os votos dos ministros: Gilmar Mendes, Marco Aurélio e Celso de Mello.
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