Bolsonaro recua e diz que chance de separar ministério de Moro é zero
Resumo da notícia
- "A chance [de separar os ministérios] no momento é zero", disse Bolsonaro hoje
- Ontem, ele havia dito que estudava tirar o Ministério da Segurança Pública da pasta da Justiça
- Uma eventual separação diminuiria a força do ministro Sergio Moro
- O presidente negou a existência de atritos com seus ministros
Um dia após dizer que estudava separar o Ministério da Segurança Pública da pasta da Justiça, o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) recuou e afirmou hoje que, no momento, a chance de ocorrer a divisão é "zero". Porém, o mandatário fez a ressalva de que em política tudo pode mudar. Uma eventual separação diminuiria a força do ministro Sergio Moro.
"A chance [de separar os ministérios] no momento é zero. Tá bom ou não? Tá bom, né? Não sei amanhã, política tudo muda. Não há essa intenção de dividir. Não há essa intenção", disse o presidente em Nova Déli, capital da Índia, onde se encontram em viagem oficial.
"Há interesse de parte de setores da política. Nós simplesmente aceitamos recolher as sugestões, educadamente dizemos que vamos estudá-las, e os ministérios continuam sem problema", acrescentou Bolsonaro.
O presidente negou ainda a existência de atritos com seus ministros. "Não existe qualquer atrito entre eu e o Moro, entre eu e o [Paulo] Guedes [da Economia], eu e qualquer outro ministro", disse. "O governo está unido, sem problemas".
A possibilidade de dividir o atual ministério da Justiça e Segurança Pública entrou em debate nesta semana como uma demanda apresentada durante reunião entre Bolsonaro e secretários de segurança dos estados. Moro não participou do encontro.
A medida, se concretizada, teria como consequência a diminuição dos poderes do atual ministro da pasta.
Quando disse que estudaria a separação, Bolsonaro afirmou que Moro ficaria com a pasta da Justiça, como teria sido acertado ao convidar o ex-juiz federal para o governo, segundo ele. O presidente, no entanto, ressaltou que o ministro seria contra a mudança.
A possibilidade de recriação do Ministério da Segurança Pública pode ser mais um lance no embate quase sempre silencioso entre Bolsonaro e Moro, hoje com uma popularidade maior que a do chefe, segundo pesquisas de opinião pública, e considerado um potencial candidato na eleição presidencial de 2022.
Ontem, o ministro-chefe do Gabinete de Segurança Institucional (GSI), general Augusto Heleno, saiu em defesa de Bolsonaro.
"A proposta de recriar o Ministério da Segurança Pública não é do presidente Jair Bolsonaro, e sim da maioria dos secretários de Segurança estaduais, que estiveram em Brasília nesse 22 de janeiro", escreveu Heleno no Twitter. "Em nenhum momento o presidente disse apoiar tal iniciativa." (Com Reuters)
Ouça o podcast Baixo Clero (https://noticias.uol.com.br/podcast/baixo-clero/), com análises políticas de blogueiros do UOL.
Os podcasts do UOL estão disponíveis em uol.com.br/podcasts, no Spotify, Apple Podcasts, Google Podcasts e outras plataformas de áudio.
ID: {{comments.info.id}}
URL: {{comments.info.url}}
Ocorreu um erro ao carregar os comentários.
Por favor, tente novamente mais tarde.
{{comments.total}} Comentário
{{comments.total}} Comentários
Seja o primeiro a comentar
Essa discussão está encerrada
Não é possivel enviar novos comentários.
Essa área é exclusiva para você, assinante, ler e comentar.
Só assinantes do UOL podem comentar
Ainda não é assinante? Assine já.
Se você já é assinante do UOL, faça seu login.
O autor da mensagem, e não o UOL, é o responsável pelo comentário. Reserve um tempo para ler as Regras de Uso para comentários.