Damares sobre mudança no Bolsa Família: "Vamos ensinar uma mãe a ser mãe"
Resumo da notícia
- Ministra prevê criação de fator condicionante para beneficiários do Bolsa Família
- Famílias podem ter de passar por três encontros anuais com Conselho Tutelar
- Programa atende 13,5 milhões de famílias e tem orçamento total de R$ 30 bi
A ministra da Mulher, Família e Direitos Humanos, Damares Alves, disse em entrevista publicada hoje pelo jornal Valor Econômico que prevê a criação de um fator condicionante para beneficiários do Bolsa Família que ajudará a "ensinar uma mãe a ser mãe".
Ela não entrou em detalhes, mas este fator seria a necessidade de pelo menos três encontros por ano com o Conselho Tutelar.
"Esse pessoal terá que ter pelo menos três encontros por ano com o Conselho Tutelar. Vamos ensinar uma mãe a ser mãe", disse a ministra.
O governo pretende fazer uma reformulação no Bolsa Família e aos poucos começa a indicar possíveis mudanças. Em entrevista recente ao jornal O Estado de S. Paulo, o ministro da Cidadania, Osmar Terra, disse que o plano inclui aumento de benefício e bônus a famílias. Porém, ainda não foi indicado se haverá novos fatores condicionantes.
Atualmente, o Bolsa Família atende a 13,5 milhões de famílias e tem orçamento total de R$ 30 bilhões.
Polêmica sobre abstinência sexual
Na entrevista ao jornal Valor Econômico, Damares Alves também defendeu o Plano Nacional de Prevenção ao Risco Sexual Precoce, que gerou polêmica por abordar a abstinência sexual como uma das formas de evitar a gravidez precoce.
"Eu quero oferecer outra opção além dos anticoncepcionais. Quero explicar para esses meninos e meninas que quem não fica não é careta. Aí virou uma confusão e dizem que eu prego a abstinência. Mas, me diga, que dano eu vou causar dizendo a eles que não comecem a transar aos 12 anos e que pensem duas vezes, que segurem a onda?", disse
"Se alguém me mostrar que a vagina de uma menina de 12 anos não vai ser destroçada se for penetrada todos os dias ou que o ânus de um menino não será arrebentado, eu mudo de ideia e deixo de defender a proposta de retardar o início das relações sexuais - que, vamos deixar claro, não é abstinência", completou.
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