Presidente da Alerj suspeita de grampo ilegal por Witzel; governador nega
Resumo da notícia
- André Ceciliano (PT-RJ) pediu oficialmente informações sobre sobre supostos grampos ilegais por Witzel
- Deputados estaduais desconfiam de que são alvo de grampos
- Governo do Rio nega qualquer ilegalidade
O deputado estadual André Ceciliano (PT-RJ), presidente da Alerj (Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro), pediu oficialmente informações ao governador Wilson Witzel sobre a suposta existência de uma central ilegal de grampos no governo do Rio de Janeiro contra adversários políticos de Witzel. O requerimento foi publicado no Diário Oficial do estado na sexta-feira (7).
No documento, Ceciliano dá 30 dias de prazo para o governador responder sobre "a existência, a manutenção e a captação, em qualquer secretaria ou órgão ligado ao Poder Executivo, de escutas telefônicas, captações ambientais, interceptações físicas (seguir pessoas e captar suas imagens, encontros e afazeres), ações controladas com infiltrações de agentes, a captação de mensagens de SMS ou qualquer outro aplicativo de mensagens e e-mails contra autoridades públicas".
O requerimento também pede explicações sobre "a existência, a manutenção e o armazenamento, em qualquer secretaria ou órgão ligado ao Poder Executivo, de dados cadastrais consolidados contra autoridades públicas e seus familiares".
O UOL não conseguiu contato com o deputado André Ceciliano.
Procurada, a assessoria de imprensa do governador enviou uma nota negando a existência de grampos. "Jamais o governo usaria de qualquer mecanismo irregular para acompanhar ou monitorar parlamentares. Isso feriria a democracia, pilar da sociedade brasileira. O diálogo é a única forma aceita nesta relação. Diálogo sempre franco, aberto e transparente", diz.
A nota também afirma que "há profundo respeito pelas senhoras deputadas e pelos senhores deputados por parte do governador Wilson Witzel e de todo seu secretariado".
De acordo o site da revista Veja, deputados estaduais do Rio afirmam ter descoberto grampos em seus gabinetes e pediram para o presidente da casa fazer o requerimento de informações. Eles desconfiariam que alguns secretários estaduais estariam por trás dos grampos.
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