Para centrais sindicais, Bolsonaro age apostando em golpe contra democracia
Seis presidentes de entidades sindicais criticaram, em nota, a atitude do presidente Jair Bolsonaro de compartilhar um vídeo em apoio a manifestações do dia 15 de março, supostamente contra o Congresso e o Supremo Tribunal Federal (STF). Para os sindicalistas, Bolsonaro "ignora a responsabilidade do cargo que ocupa pelo voto e age, deliberadamente, de má fé, apostando em um golpe contra democracia, a liberdade, a Constituição, a Nação e as Instituições".
"Não há atitude banal, descuidada e de "cunho pessoal" de um Presidente. Seus atos devem sempre representar a Nação e, se assim não o faz, comete crime de responsabilidade com suas consequências", escreveram. Hoje cedo, Bolsonaro disse que o envio do vídeo pelo WhatsApp era de "cunho pessoal".
A nota é assinada pelos presidentes da CUT (Central única dos Trabalhadores), Sergio Nobre; da Força Sindical, Miguel Torres; da UGT (União Geral dos Trabalhadores), Ricardo Patah; da CTB (Central de Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil), Adilson Araújo; da NCST (Nova Central de Sindical de Trabalhadores), José Calixto Ramos; da SB (Central de Sindicatos do Brasil), Antonio Neto; da CGTB (Central Geral dos Trabalhadores do Brasil), Ubirací Dantas de Oliveira; e ainda pelo secretário nacional da CSP CONLUTAS, Atnagoras Lopes e secretário-geral da Intersindical Central da Classe Trabalhadora, Edson Carneiro Índio e pede ainda um posicionamento do Congresso e do Supremo Tribunal Federal sobre o episódio.
"Diante desse escandaloso fato, as Centrais Sindicais consideram urgente que o Supremo Tribunal Federal e o Congresso Nacional se posicionem e encaminhem as providências legais e necessárias, antes que seja tarde demais", escrevem. "O mesmo modo, conclamamos a máxima unidade de todas as forças sociais na defesa intransigente da liberdade, das instituições e do Estado Democrático de Direito", completam.
As centrais destacam ainda o Art. 85 da Constituição Federal, que trata do crime de responsabilidade "os atos do Presidente da República que atentem contra a Constituição Federal e, especialmente, contra: II - o livre exercício do Poder Legislativo, do Poder Judiciário, do Ministério Público e dos Poderes constitucionais das unidades da Federação".
Os sindicalistas alertam também é que preciso acabar com a "fase de bate-bocas nas redes sociais e de manifestações oficiais de repúdio aos descalabros do Presidente". "Não podemos deixar que os recorrentes ataques à nossa democracia e à estabilidade social conquistadas após o fim da ditadura militar e, sobretudo, desde a Constituição Cidadã de 1988, tornem-se a nova normalidade".
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