Bolsonaro não responde se mostrará ao TSE provas de suposta fraude
Passados quase dois dias depois que disse possuir provas de fraude nas eleições de 2018, o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) deixou de responder, mais uma vez, sobre as alegas evidências do suposto crime. Na manhã desta quarta-feira (11), ele ignorou perguntas dos repórteres quando foi questionado se apresentaria provas ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE).
Bolsonaro saiu do Palácio da Alvorada hoje, cumprimentou apoiadores que mencionavam viagem dele prevista para a Polônia. Ele também recebeu uma oração de um grupo de mulheres.
Ao final, os jornalistas perguntaram sobre possível apresentação de provas ao TSE. Bolsonaro entrou no carro e nada falou. Ele estava acompanhado de um dos filhos, o deputado Eduardo Bolsonaro (PSL-SP).
Essa é a segunda vez que Bolsonaro silencia sobre as possíveis provas que afirmou ter. Na terça-feira (10), ele desconversou e não mencionou evidência da denúncia. "Eu quero que você me ache um brasileiro que confie no sistema eleitoral brasileiro", disse.
Na noite de segunda-feira (9), Bolsonaro disse ter "provas" em "mãos". "Pelas provas que eu tenho em minhas mãos, que eu vou mostrar brevemente, eu fui eleito no primeiro turno, mas, no meu entender, teve fraude", disse ele, nos EUA.
Nenhuma prova foi apresentada. O único presidente eleito no primeiro turno desde a redemocratização foi Fernando Henrique Cardoso (PSDB), em 1994 e 1998.
O TSE divulgou nota ontem negando fraude. O tribunal acrescentou que "jamais" houve fraude desde a adoção das urnas eletrônicas, em 1996.
Desde 1990, Jair Bolsonaro foi eleito para sete mandatos na Câmara dos Deputados e para um na Presidência da República. Só a minoria dessas disputas foi feita sem urnas eletrônicas.
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