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TSE nega fraude nas eleições presidenciais após declaração de Bolsonaro

10.mar.2020 - O presidente Jair Bolsonaro discursa na abertuda do Fórum das Américas, em Miami (EUA) - Zak Bennett/AFP
10.mar.2020 - O presidente Jair Bolsonaro discursa na abertuda do Fórum das Américas, em Miami (EUA) Imagem: Zak Bennett/AFP

Do UOL, em São Paulo

10/03/2020 13h59

O Tribunal Superior Eleitoral (TSE) negou, em nota, que houve qualquer fraude nas eleições presidenciais realizadas em 2018. Ontem, o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) disse que possuí "provas" — sem mostrar quais — de que teria havido fraude no processo e que ele, na verdade, deveria ter sido eleito em primeiro turno.

"O TSE reafirma a absoluta confiabilidade e segurança do sistema eletrônico de votação e, sobretudo, a sua auditabilidade, a permitir a apuração de eventuais denúncias e suspeitas, sem que jamais tenha sido comprovado um caso de fraude, ao longo de mais de 20 anos de sua utilização", afirmou em nota.

A a instância jurídica máxima da Justiça Eleitoral brasileira ainda apontou que, caso exista qualquer elemento de prova sobre algo irregular, "agirá com presteza e transparência para investigar o fato", mas reiterou:

"O sistema brasileiro de votação e apuração é reconhecido internacionalmente por sua eficiência e confiabilidade. Embora possa ser aperfeiçoado sempre, cabe ao Tribunal zelar por sua credibilidade, que até hoje não foi abalada por nenhuma impugnação consistente, baseada em evidências."

Por fim, o Tribunal salientou que "eleições sem fraudes foram uma conquista da democracia no Brasil e o TSE garantirá que continue a ser assim".

Ontem, em discurso para apoiadores da comunidade brasileira em Miami, nos Estados Unidos, Bolsonaro disse que vai mostrar "em breve" provas de que ele deveria ter sido eleito no primeiro turno nas eleições de 2018.

"Minha campanha, eu acredito que, pelas provas que tenho em minhas mãos, que vou mostrar brevemente, eu tinha sido, eu fui eleito no primeiro turno, mas, no meu entender, teve fraude. E nós temos não apenas palavra, nós temos comprovado, brevemente eu quero mostrar", disse.

Interpelado pela imprensa na saída do evento, ele não respondeu sobre quais provas seriam essas.

"Nós precisamos aprovar no Brasil um sistema seguro de apuração de votos. Caso contrário, [é] passível de manipulação e de fraudes. Então, eu acredito até que eu tive muito mais votos no segundo turno do que se poderia esperar, e ficaria bastante complicado uma fraude naquele momento."