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Doria rebate Bolsonaro e diz que não se arrepende de citar Lula no Twitter

O governador de São Paulo, João Doria (PSDB-SP), durante coletiva de imprensa sobre o coronavírus - Divulgação/Governo de São Paulo
O governador de São Paulo, João Doria (PSDB-SP), durante coletiva de imprensa sobre o coronavírus Imagem: Divulgação/Governo de São Paulo

Colaboração para o UOL, em São Paulo

06/04/2020 21h29

O governador do Estado de São Paulo, João Doria (PSDB), afirmou na tarde de hoje não se arrepender de ter citado um elogio do ex-presidente Lula sobre seu trabalho como governador diante da pandemia do novo coronavírus. Ainda, o tucano também respondeu a uma declaração do presidente Jair Bolsonaro (sem partido), que definiu a aproximação como "ridícula".

"Nenhum arrependimento. Estamos vivendo a pior crise de saúde pública e econômica do país. Tudo que não precisamos é alimentar antagonismos, precisamos estar juntos para vencer essa crise. Tenho diferenças enormes em relação ao ex-presidente Lula, assim como outros que o sucederam, como Dilma Rousseff, mas não é a hora de antagonismos, nem mesmo com Bolsonaro", disse Doria em entrevista à rádio Jovem Pan.

O governador paulista também classificou falas recentes do presidente como "deseducadas" e disse não ser o momento de alimentar disputas políticas.

"Eu lamento até que o presidente insista em estabelecer esse nível de antagonismo que altere seu tom de voz, que faça manifestações até ruidosas e, em alguns casos, até pouco elegante e bastante deseducadas. Não é hora de disputas políticas, ideológicas, nem hora de ficar lembrando o passado ou estabelecer condutas visando eleições. É hora de salvar vidas", afirmou.

Ao ser questionado se estaria em campanha rumo à presidência da República para 2022, Doria rechaçou novamente a possibilidade de fazer campanha devido ao momento crítico e afirmou que está apenas fazendo o seu trabalho.

"Não estou em campanha, estou fazendo gestão no governo do Estado de São Paulo. Esse é o meu objetivo. Até 2022 nós temos uma eternidade, temos que vencer uma gravíssima crise, salvar pessoas, depois buscar caminhos para salvar a economia de São Paulo e a economia brasileira. São Paulo tem quase 40% da representatividade da economia do país. Essa é a minha preocupação, nenhuma preocupação de ordem eleitoral", complementou.