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Covid-19: sobe para 553 número de mortos no Brasil; 12.056 casos oficiais

Pedestre circula pelo Centro Histórico de Porto Alegre (RS) usando máscara de proteção respiratória contra o coronavírus - Evandro Leal/Agência Freelancer/ Estadão Conteúdo
Pedestre circula pelo Centro Histórico de Porto Alegre (RS) usando máscara de proteção respiratória contra o coronavírus Imagem: Evandro Leal/Agência Freelancer/ Estadão Conteúdo

Do UOL, em São Paulo e em Brasília

06/04/2020 16h39Atualizada em 06/04/2020 19h06

Resumo da notícia

  • País tem 67 mortos pela doença em 24 horas; taxa de letalidade é de 4,6%
  • Sudeste concentra 7.046 casos oficiais de infectados pelo coronavírus -- quase 60% do total no Brasil
  • São Paulo é o estado com o maior número de regitros (304), seguido pelo Rio de Janeiro (71)

O Ministério da Saúde anunciou hoje que subiu para 553 o número de mortes pelo novo coronavírus no Brasil — aumento de 67 óbitos confirmados nas últimas 24 horas. Até ontem, eram 486 mortes.

No total, são 12.056 casos oficiais no país até agora — alta de 926 casos de covid-19 de ontem para hoje—, segundo o governo. Os dados anteriores indicavam 11.130 casos confirmados. A letalidade é de 4,6%, ou seja, entre cada 100 pessoas contaminadas, 4,6 morrem.

No total, as mortes relacionadas ao vírus em cada estado são: Alagoas (2), Amapá (2); Amazonas (19); Bahia (10); Ceará (29); Distrito Federal (10); Espírito Santo (6); Goiás (5); Maranhão (2); Mato Grosso (1); Mato Grosso do Sul (1); Minas Gerais (9); Pará (3); Paraná (11); Paraíba (4); Pernambuco (30); Piauí (4); Rio Grande do Norte (7); Rio Grande do Sul (7); Rio de Janeiro (71); Rondônia (1); Roraima (1); Santa Catarina (10); São Paulo (304); Sergipe (4).

A região que mais concentra casos confirmados de covid-19, segundo o Ministério, é a Sudeste (7.046). Na sequência estão Nordeste (2.167); Sul (1.318); Centro-Oeste (734) e Norte (791).

Segundo o Ministério, o Brasil é o 15º país em número de casos confirmados, sendo o 13º em número de óbitos e o 8º em letalidade.

17 dias para chegar ao 100º caso

Hoje o Ministério da Saúde divulgou dados sobre a velocidade da transmissão do vírus no país.

Desde que o primeiro caso foi confirmado, em 26 de fevereiro, o Brasil levou 17 dias para checar ao 100º caso. Em seguida, em apenas mais sete dias, chegou-se ao milésimo caso e, em mais 14 dias, o país atingiu a marca dos 10 mil casos.

O secretário de Vigilância em Saúde, Wanderson de Oliveira, afirmou que as medidas de distanciamento social são fundamentais nesse momento para evitar uma sobrecarga no sistema de saúde caso ocorra um aumento muito rápido no número de casos.

"Com a experiência internacional, tendo como referência Estados Unidos, Itália e Espanha, eu não tenho dúvida que as medidas de distanciamento social são fundamentais para que o sistema de sáude se organize", disse Oliveira.

"O distanciamento social não é para impedir a transmissão. No distanciamento social, o paciente é o sistema de saúde", afirmou o secretário de Vigilância em Saúde.

A ideia, explica Oliveira, é retardar o avanço do vírus, dando mais tempo para que os governos locais consigam expandir a capacidade de atendimento de suas unidades de saúde.

Por isso, o Ministério da Saúde tem orientado que as pessoas sigam as recomendações de governadores e prefeitos, como a de evitar aglomerações e respeitar a suspensão de aulas e fechamento parcial do comércio e de locais públicos.

Sem Mandetta, balanço fica mais curto e com menos perguntas

O ministro Luiz Henrique Mandetta não participou do balanço diário sobre a crise do novo coronavírus. O chefe da pasta da Saúde foi convocado pelo presidente Jair Bolsonaro (sem partido) para reunião geral com todos os ministros às 17h, mesmo horário previsto para a apresentação sobre a pandemia.

O Ministério da Saúde tem realizado apresentações diárias sobre a situação do vírus no país desde o início da crise, em fevereiro. Antes realizadas na sede da pasta em Brasília, as apresentações passaram a ser feitas no Palácio do Planalto e incluíram a participação de ministros de outras áreas do governo.

Hoje, nenhum ministro participou da apresentação. A divulgação das ações do governo foi conduzida pelos secretários-executivos de cada pasta, entre eles o secretário de Vigilância em Saúde do Ministério da Saúde, Wanderson Oliveira.

Também diferentemente do que vinha sendo feito, os secretários do Ministério da Saúde não permaneceram no auditório do Planalto para responder a perguntas dos jornalistas sobre as ações de enfrentamento à pandemia.

O cerimonial do Planalto permitiu apenas duas perguntas após a apresentação. Com as mudanças, a entrevista diária, que chega a durar duas horas, hoje não passou de 45 minutos.

Errata: este conteúdo foi atualizado
Diferentemente do que informou o título da matéria, o Brasil registrou 67 mortes por coronavírus em 24h, e não 553. A informação foi corrigida.