Para Bolsonaro, há guerra ideológica em cloroquina; remédio está em estudo
O presidente Jair Bolsonaro (sem partido), disse que há uma "guerra ideológica" e de poder no debate sobre a cloroquina. Desde o início da pandemia Bolsonaro defende o medicamento no combate ao novo coronavírus. Ainda não há consenso na comunidade científica sobre a eficácia da cloroquina e da hidroxicloroquina.
"Isso é uma guerra ideológica em cima disso, guerra de poder. Se o pessoal me ajudasse um pouquinho, não me atrapalhasse, não estou me referindo a A, B ou C, o Brasil ia embora", declarou o presidente na saída do Palácio da Alvorada, hoje (09), a um grupo de apoiadores.
O Brasil contabiliza 800 mortes pelo Covid-19 e 15.927 mil casos. Os dados foram divulgados ontem pelo Ministério da Saúde.
O ministro da Saúde, Luiz Henrique Mandetta, afirmou que o uso da cloroquina contra o coronavírus não tem paternidade. Ele rebateu o governador João Doria (PSDB-SP) que declarou que o uso da substância foi indicado ao ministério pelo coordenador do Centro de Contingência ao Coronavírus de São Paulo, David Uip.
"Volto a repetir. Conselho Federal de Medicina [CFM]. [Dos que estavam] presentes na videoconferência, um deles [era] o coordenador de São Paulo [David Uip]. A discussão era: se usamos [a cloroquina] nos casos críticos, vamos usar nos graves? Quem são os graves: os pacientes com dificuldades respiratórias, mas que não vão para tubo. Quem analisa isso? O Conselho Federal de Medicina. Hoje, esse medicamento não tem paternidade, um governador não precisa querer politizar esse assunto", disse Mandetta, em entrevista a jornalistas, ontem.
Na conversa com apoiadores, Bolsonaro reconheceu que o medicamento não tem eficácia comprovada cientificamente, mas citou o cardiologista Roberto Kalil Filho, que se medicou com cloroquina contra o Covid-19. Em pronunciamento em rede nacional de rádio e TV, ontem, Bolsonaro já havia citado o médico como um caso de sucesso.
Desde o início da pandemia Bolsonaro minimiza os impactos do novo coronavírus e vai na contramão das orientações da OMS (Organização Mundial da Saúde), que orienta os países a fazerem isolamento social.
Bolsonaro exalta o tratamento com cloroquina como uma das principais medidas de saúde pública para a crise e apresenta o medicamento em lives e pronunciamentos.
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