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"Moro errou" e luta é "contra o socialismo", diz Weintraub

O ministro da Educação, Abraham Weintraub - Marcelo Camargo/Agência Brasil
O ministro da Educação, Abraham Weintraub Imagem: Marcelo Camargo/Agência Brasil

Do UOL, em São Paulo

25/04/2020 08h33

O ministro da Educação, Abraham Weintraub, quebrou o silêncio na Esplanada dos Ministérios e tornou pública sua opinião sobre o pedido de demissão do ex-ministro Sergio Moro (Justiça).

Em uma rede social, Weintraub afirmou que o ex-juiz "errou" e que o mais importante é "a luta contra o socialismo".

"Não tenho que escolher entre combate à corrupção e defesa da liberdade (ou a luta contra o socialismo). Os dois ideais são claros e compatíveis", escreveu.

Ninguém é dono dessas bandeiras e PESSOAS ERRAM. Nesse episódio, Sérgio Moro errou na essência e na forma! Estou #FechadoComBolsonaro
Abraham Weintraub, ministro da Educação

A demissão de Moro

Moro pediu demissão ontem de manhã, alegando discordar da suposta interferência política do presidente Jair Bolsonaro (sem partido) na PF (Polícia Federal) ao exonerar o diretor-geral da instituição, Maurício Valeixo.

Em pronunciamento, ele acusou o presidente de querer ter acesso a investigações sigilosas e disse que Bolsonaro lhe confidenciou estar preocupado com inquéritos no STF (Supremo Tribunal Federal).

Bolsonaro escolheu o diretor-geral da Abin (Agência Brasileira de Inteligência), Alexandre Ramagem, para o comando da Polícia Federal.

Delegado de carreira da PF, Ramagem é homem de confiança do presidente Bolsonaro e de seus filhos.

Segundo o jornal Folha de S.Paulo, ele se aproximou da família Bolsonaro ainda na campanha de 2018, quando comandou a segurança do então candidato à Presidência após a facada que ele sofreu em Juiz de Fora (MG).

O vereador Carlos Bolsonaro (Republicanos-RJ) esteve diretamente à frente da decisão que o levou ao comando da agência de inteligência em junho passado.