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Bolsonaro cita lei e decretos para justificar acesso aos relatórios da PF

Jair Bolsonaro, antes de fazer pronunciamento sobre a saída de Sergio Moro do governo, na sexta-feira (24) - EVARISTO SA / AFP
Jair Bolsonaro, antes de fazer pronunciamento sobre a saída de Sergio Moro do governo, na sexta-feira (24) Imagem: EVARISTO SA / AFP

Do UOL, em São Paulo

27/04/2020 17h57

O presidente Jair Bolsonaro usou o Twitter para 'justificar' o acesso dele, como chefe de estado, aos relatórios da Polícia Federal.

O presidente afirmou que a PF é subordinada ao Sistema Brasileiro de Inteligência e citou leis e decretos para defender que seja "alimentado com informações" para "tomada de decisões estratégicas.

Bolsonaro disse, ainda, que "uma coisa é pedir informações sobre inquéritos sigilosos em curso (o que nunca houve) e outra é ter acesso a conhecimento de inteligência produzido nos termos da Lei (o que sempre me foi dificultado)".

Na última sexta-feira (24), depois que o ex-ministro da Justiça Sergio Moro pediu demissão, ele acusou Bolsonaro de substituir o diretor-geral da PF Maurício Valeixo para interferir nas investigações da instituição.

Horas depois, em pronunciamento no Palácio de Planalto, o presidente contra-atacou dizendo que foi o ex-ministro da Justiça quem condicionou a demissão de Valeixo a uma indicação ao cargo de ministro do Supremo Tribunal Federal, em novembro.

Moro negou que tinha sugerido a troca e entregou ao Jornal Nacional prints de uma conversa entre ele e a deputada Carla Zambelli (PSL-SP) que mostram que partiu dela, que é aliada a Bolsonaro, a ideia de usar a demissão de Valeixo para garantir a ida do ex-juiz ao STF.