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Maia diz que novo diretor da PF terá dificuldades à frente da corporação

O presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia (DEM-RJ) - Maryanna Oliveira/Câmara dos Deputados
O presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia (DEM-RJ) Imagem: Maryanna Oliveira/Câmara dos Deputados

do UOL, em Brasília

28/04/2020 18h35

O presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), disse que o novo diretor-geral da Polícia Federal, Alexandre Ramagem, terá dificuldade no posto. Maia considerou que a nomeação de Ramagem, que aconteceu hoje (28), foi polêmica e que a PF é uma corporação independente.

"Olha, não conheço o quadro que foi para Polícia Federal. Acho que ele vai ter dificuldades na corporação, da forma como ficou polêmica a sua nomeação. A gente sabe que a Polícia Federal é uma corporação muito unida, que trabalha de forma muito independente, qualquer tipo de interferência é sempre rechaçada e sempre foi assim", disse Maia em entrevista ao Brasil Urgente, da TV Bandeirantes.

Ramagem assumiu hoje o posto, no lugar de Maurício Valeixo, demitido por Jair Bolsonaro (sem partido) na última sexta-feira (24). Com a queda de Valeixo, o então ministro da Justiça Sergio Moro pediu para sair do governo e fez acusações de que Bolsonaro quer intervir politicamente e ter acesso às investigações da Polícia Federal.

Ramagem é próximo à família de Bolsonaro. O novo diretor-geral da PF passou o ano novo junto do filho do presidente Carlos Bolsonaro (Republicanos-RJ) e fez a segurança do então candidato Jair Bolsonaro, em 2018.

Maia também fez considerações sobre o novo ministro da Justiça, André Mendonça, que estava à frente da AGU (Advocacia-Geral da União).

"Em relação ao ministro, o ministro André fazia um ótimo trabalho na AGU. Acho que vai fazer um ótimo trabalho no ministério da Justiça, um quadro preparado e equilibrado", afirmou.

O deputado também disse que o novo AGU, José Levi, é muito respeitado no mundo jurídico.

"São duas escolhas que acredito que podem de fato ajudar o governo do ponto de vista de sua interlocução com o Poder Judiciário", disse sobre Mendonça e Levi.