A saída de Sergio Moro do Ministério da Justiça causou a exposição do presidente Jair Bolsonaro (sem partido), com acusações de tentativa de interferência na Polícia Federal com a troca de comando e a demissão de Maurício Valeixo para a indicação de Alexandre Ramagem na diretoria-geral.
Mas o desembarque de Moro foi bem visto por grupos da elite política em Brasília como um sinal de enfraquecimento da Operação Lava Jato, que causou a investigação de parte deles.
No podcast Baixo Clero #35, Diogo Schelp aborda a questão dos beneficiados com a saída de Moro do governo e também da dificuldade que o então ministro tinha de trânsito em parte dos poderes Judiciário e Legislativo devido à sua atuação na Lava Jato.
"Havia grupos na elite política, a elite do Poder Judiciário e também do Poder Legislativo que para quem é muito boa essa saída do Moro. A gente tem de lembrar a parcela de deputados, de parlamentares que têm problemas com a Lava Jato e que desde o ano passado viviam colocando dificuldades ao ministro Moro por uma questão óbvia", afirma Schelp (disponível no arquivo acima a partir de 13:53).
"E também uma outra análise que é a de que o Moro também não tinha muita interlocução com a cúpula do Judiciário, nem com o CNJ (Conselho Nacional de Justiça), nem com o Supremo Tribunal Federal (STF), que muitas vezes muitos ministros se colocaram contra a atuação que o Moro teve na Laja Jato e assim por diante. Então existe uma percepção de que sem o Moro algumas coisas ficam mais fáceis, alguns acessos, alguma interlocução com o Poder Executivo fica mais fácil para esses grupos", conclui o jornalista.
Baixo Clero está disponível no Spotify, na Apple Podcasts, no Google Podcasts, no Castbox, no Deezer e em outros distribuidores. Você também pode ouvir o programa no YouTube. Outros podcasts do UOL estão disponíveis em uol.com.br/podcasts.
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