PSOL pede ao STF inclusão de Bolsonaro em inquérito sobre atos pró-golpe
A bancada do PSOL na Câmara dos Deputados pediu hoje (4) ao STF (Supremo Tribunal Federal) a inclusão do presidente Jair Bolsonaro entre os investigados no inquérito que apura as manifestações favoráveis ao fechamento do Congresso e do próprio Supremo ocorridas em abril.
Os parlamentares citaram a nova ida de Bolsonaro a outro ato contra as instituições, que aconteceu ontem (3) em Brasília, como justificativa para pedir a investigação do presidente.
"O presidente, como visto, vem participando, incitando, estimulando e apoiando manifestações explicitamente autoritárias e, a toda evidência, criminosas. Infelizmente, manifestações públicas de apoio a um dos períodos mais tristes da história brasileira são frequentes por parte do Presidente e de seus aliados. São comportamentos reiterados e permanentes de afronta à Carta Magna", disse o PSOL na petição.
O partido ainda mencionou a realização de manifestações com aglomerações em meio à pandemia do novo coronavírus, que já matou mais de 7 mil pessoas no Brasil.
"Sem amparo em medidas científicas e contrariando autoridades sanitárias nacionais e internacionais, a postura irresponsável e criminosa do Presidente da República tem colocado a população brasileira cada vez mais em risco e pode levar a uma tragédia sem precedentes no nosso país", afirmou a legenda.
O inquérito 4828 foi aberto a pedido do procurador-geral da República, Augusto Aras, após os atos antidemocráticos realizados no dia 19 de abril. Mas o PGR não citou o nome de Bolsonaro, apenas pedindo a investigação de deputados que participaram das manifestações.
O ministro Alexandre de Moraes é o relator do inquérito no STF e deverá decidir sobre o pedido feito pelo PSOL para investigar também o presidente no caso.
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