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Bolsonaro tenta colocar PF a serviço de sua família, diz Freixo

Rolando Alexandre de Souza, novo diretor-geral da PF - Reprodução/Globo
Rolando Alexandre de Souza, novo diretor-geral da PF Imagem: Reprodução/Globo

Do UOL, em São Paulo

04/05/2020 10h50

Políticos da oposição acusaram o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) de tentar blindar sua família com a nomeação de Rolando Alexandre de Souza para comandar a Polícia Federal. O decreto foi publicado hoje no Diário Oficial da União.

Souza é braço direito de Alexandre Ramagem, diretor da Abin (Agência Brasileira de Inteligência), que havia sido nomeado para a chefia da PF, mas foi barrado pelo ministro do STF (Supremo Tribunal Federal) Alexandre de Moraes.

A relação próxima de Souza com Ramagem, que é amigo da família Bolsonaro, levantou dúvidas entre os opositores sobre a imparcialidade do novo diretor-geral da PF.

"Bolsonaro acaba de nomear o braço direito de Alexandre Ramagem para o comando da PF. O presidente segue com seus ataques para tentar transformar a corporação numa polícia a serviço de sua família", escreveu no Twitter o deputado federal Marcelo Freixo (PSOL-RJ).

Apoiadores do presidente, por outro lado, saíram em defesa da nomeação.

"Parabéns pela nomeação, Rolando Alexandre de Souza! Que Deus ilumine você nessa missão de chefiar a importantíssima instituição da Polícia Federal do Brasil. E não se esqueça de deixar nosso presidente muito bem informado com os relatórios de inteligência", afirmou a deputada Bia Kicis (PSL-DF).

Veja abaixo como alguns políticos reagiram à nomeação de Souza para o comando da PF:

O governo Bolsonaro teve início em 1º de janeiro de 2019, com a posse do presidente Jair Bolsonaro (então no PSL) e de seu vice-presidente, o general Hamilton Mourão (PRTB). Ao longo de seu mandato, Bolsonaro saiu do PSL e ficou sem partido até filiar ao PL para disputar a eleição de 2022, quando foi derrotado em sua tentativa de reeleição.