Bolsonaro diz que churrasco anunciado por ele é "fake"
Depois de anunciar um churrasco para este sábado no Palácio da Alvorada, o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) afirmou hoje que a ideia era "fake" e criticou a imprensa e o MBL (Movimento Brasil Livre), este último por acionar a Justiça na tentativa de vetar o suposto evento.
Segundo a Folha de S.Paulo, o presidente, na verdade, desistiu de levar o plano adiante, no dia em que o país deve ultrapassar a marca de 10 mil mortes provocadas pela pandemia do coronavírus.
Pelo Twitter, Bolsonaro chamou jornalistas de "idiotas" por terem levado a informação a sério e disse que "o MBL se superou". O movimentou reagiu posteriormente e respondeu que a atitude do presidente desrespeita as vítimas do covid-19 e seus familiares.
Ontem, em tom de ironia, Bolsonaro disse que colocaria até 3.000 pessoas dentro do Palácio da Alvorada, a residência oficial do chefe do Executivo federal. Inicialmente, o mandatário revelou que reuniria apenas profissionais da imprensa.
Horas depois da declaração, o Brasil bateu um novo recorde de vítimas confirmadas da covid-19 em 24 horas, com 751 mortes. Ao todo, são 9.897 óbitos e 145.328 casos. Os números atualizados serão divulgados na tarde de hoje.
Reportagem da Folha informa que políticos aliados chegaram a receber convites para o churrasco do presidente. Ou seja, de acordo com a apuração, havia, de fato, a intenção de promover uma festa neste sábado no Alvorada.
A ideia lançada por Bolsonaro durante a semana e desencadeou uma onda de repercussão negativa. A versão do fake seria, na verdade, uma tentativa de blindá-lo das críticas e amenizar o impacto da "provocação" em meio ao cenário de pandemia, segundo a Folha.
Devido ao alastramento do coronavírus, várias cidades do país, entre as quais Brasília, estão sob decreto de quarentena. O isolamento social é uma medida necessária para impedir que a covid-19 se alastre ainda mais.
Também no Twitter, um dos termos mais comentados até a manhã de hoje era "churrasco da morte", em referência ao evento —agora desmentido pelo presidente— e ao número de óbitos decorrentes do coronavírus.
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