Bolsonaro falou em 'gripe' para evitar pânico no país, justifica Guedes
Paulo Guedes, ministro da Economia, saiu em defesa de Jair Bolsonaro (sem partido) em uma videoconferência organizada pelo Itaú BBA hoje à tarde. Ao explicar as manifestações públicas sobre a retomada da economia em meio ao crescimento do novo coronavírus no país, Guedes fez referências aos posicionamentos do presidente, que chegou a comparar a pandemia a uma "gripezinha".
"Como líder do país, ele também não queria deixar toda a população em pânico, dizendo: 'olha, todo mundo fica em casa'. Então, ele minimizava. 'Não, peraí, isso é uma gripe mais forte'", comentou.
Em seguida, Guedes destacou a necessidade de preocupação com a saúde e com a economia.
"Tem que ter equilíbrio entre essas duas visões. Tem uma turma que fala só da saúde. E o presidente chamando a atenção do lado da economia. Nós temos que prestar a atenção nas duas dimensões. Se deixarmos os cuidados só com a saúde destruírem os sinais vitais da economia brasileira, nós também não vamos voar".
Em outro momento da videoconferência, o ministro falou mais uma vez sobre a relação entre a pandemia e a crise econômica. "O brasileiro está numa luta orgânica contra o vírus. E vai começar agora a luta contra o colapso econômico", comparou. "É como disse o presidente Bolsonaro, vamos salvar vidas e preservar empregos".
Guedes diz que '200 milhões de trouxas' são explorados por seis bancos
Ao falar sobre a necessidade de atrair recursos do exterior com juros baixos, Guedes criticou a pouca quantidade de empresas no país. "Em vez de sermos 200 milhões de trouxas sendo explorados por seis bancos, seis empreiteiras, seis empresas de cabotagem, vai ser o contrário. Teremos centenas, milhares de empresas. Vamos criar uma classe média forte de empreendedores", projetou.
'Fôlego começando a escassear', diz Guedes sobre a economia
Guedes também disse que a economia está reagindo bem em meio à pandemia. Entretanto, fez um alertam dizendo que esse quadro pode mudar se as atividades não forem retomadas em um prazo entre 30 e 50 dias.
"Estradas abertas, com produtos chegando na casa das pessoas. Os sinais vitais de preservação da vida econômica estão mantidos. Mas o fôlego está começando a escassear", advertiu.
O ministro voltou a defender a postura de Bolsonaro ao falar sobre a turbulenta relação com a imprensa, agravada nos últimos dias. Na última terça-feira (5), o presidente chegou a mandar os jornalistas calar a boca ao ser questionado sobre agressões cometidas por apoiadores do governo em manifestações.
"O presidente tem uma regra simples de comportamento. Ele respeita quem o respeita. E devolve a carga de desrespeito que ele sofreu [pela imprensa]. Vamos fazer críticas, mas de forma construtiva", argumenta.
Paulo Guedes também falou sobre as ações de lockdown — isolamento radical — que começam a ser adotadas em algumas cidades do país.
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