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MP denuncia apoiadores de Bolsonaro por protesto contra Alexandre de Moraes

Protesto na frente da case do ministro do STF Alexandre de Moraes - Reprodução
Protesto na frente da case do ministro do STF Alexandre de Moraes Imagem: Reprodução

Do UOL, em São Paulo

11/05/2020 19h28

O Ministério Público de São Paulo denunciou dois apoiadores do presidente Jair Bolsonaro (sem partido) que participaram de um protesto em frente ao prédio do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), em São Paulo. Eles foram denunciados por ameaça, difamação, injúria e perturbação do sossego.

No dia 2 de maio, um grupo de manifestantes pró-Bolsonaro se reuniu em frente à residência do ministro para protestar após o magistrado suspender a nomeação do escolhido por Bolsonaro para o cargo de novo diretor da Polícia Federal, Alexandre Ramagem, amigo da família Bolsonaro.

Na denúncia, a promotora Alexandra Milaré Santos pediu o agravamento das penas pelo crime ter sido cometido em "estado de calamidade pública", por conta da pandemia de coronavírus.

Segundo a promotora, os protestantes "permaneceram por aproximadamente 2 horas em via pública, oportunidade em que, utilizando-se de um microfone acoplado a alto-falante em um carro de som, realizaram diversas ameaças à vítima, tais como 'você e sua família jamais poderão sair nas ruas deste país, nem daqui há vinte anos' e 'nós iremos defenestrá-los da terra', bem como pelo fato de possuírem um caixão acoplado em um dos automóveis utilizados, simulando a morte do ofendido".

Ainda de acordo com a denúncia, Alexandre de Moraes foi chamado pelos manifestantes de nomes como "advogado do PCC", "ladrão", "corrupto", "covarde" e "canalha".

"Desta forma, ao realizarem gritaria e algazarra em via pública por mais de 2 horas, utilizando-se, inclusive de equipamento de alto-falante, os denunciados e os coautores não identificados perturbaram o sossego alheio, sendo as ofensas apenas cessadas com auxílio da polícia militar, que conseguiu deter os denunciados e conduzi-los à delegacia de polícia", acrescentou a promotora.