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MDA: para 39,7%, combate à corrupção piora sem Moro; para 39,9%, fica igual

O então ministro da Justiça, Sergio Moro, e o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) durante lançamento do projeto "Em frente, Brasil" - Marcos Corrêa/PR
O então ministro da Justiça, Sergio Moro, e o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) durante lançamento do projeto 'Em frente, Brasil' Imagem: Marcos Corrêa/PR

Do UOL, em São Paulo

12/05/2020 11h44Atualizada em 12/05/2020 12h40

A pesquisa CNT/MDA divulgada hoje mostra que 39,7% dos entrevistados acreditam que o combate à corrupção no Brasil tende a piorar com a saída de Sergio Moro do governo de Jair Bolsonaro (sem partido). Outros 39,9% confiam que o enfrentamento continuará igual. Confira aqui a íntegra.

Segundo a CNT (Confederação Nacional dos Transportes), foram feitas 2.002 entrevistas por telefone, entre 7 e 10 de maio, com pessoas de 494 municípios, de 25 Unidades da Federação. A margem de erro é de 2,2 pontos percentuais.

Apenas 12% das pessoas que participaram do questionário confiam que o cenário vai melhorar com Moro fora do ministério da Justiça e Segurança Pública. Já 8,4% não souberam ou optaram por não responder.

O levantamento também mostrou que a expectativa de 34,9% dos entrevistados é de que a situação da segurança pública - antiga pasta comandada por Moro, embora ele não tenha sido citado na pergunta - vai piorar no país nos próximos seis meses. Em janeiro deste ano, 22% acreditavam em um cenário pior.

Além disso, 18,5% confiam em uma melhora - o número chegou a ser de 37,9% no começo de 2020. Já 44,1% disseram que o panorama vai permanecer como está hoje. Apenas 2,5% não souberam ou optaram por não responder.

Moro deixou o governo Bolsonaro no dia 24 de abril. Ele acusou o presidente de tentar interferir na Polícia Federal. O ex-juiz da Lava Jato e um dos símbolos do combate à corrupção mostrou-se ressentido com uma série problemas que enfrentou desde o início da gestão.

As denúncias de Moro contra o Bolsonaro viraram um inquérito no STF, que apura se houve algum tipo de interferência política na PF.

O governo Bolsonaro teve início em 1º de janeiro de 2019, com a posse do presidente Jair Bolsonaro (então no PSL) e de seu vice-presidente, o general Hamilton Mourão (PRTB). Ao longo de seu mandato, Bolsonaro saiu do PSL e ficou sem partido até filiar ao PL para disputar a eleição de 2022, quando foi derrotado em sua tentativa de reeleição.