Leia na íntegra a live feita por Jair Bolsonaro em 14 de maio
O presidente da República, Jair Bolsonaro (sem partido), realizou hoje uma live que foi transmitida em seu perfil nas redes sociais. Entre os assuntos abordados, citou o auxílio emergencial, a situação econômica brasileira durante a pandemia do novo coronavírus e o polêmico vídeo da reunião ministerial de 22 de abril.
Além do presidente, participaram da live uma intérprete de libras e Pedro Guimarães, presidente da Caixa Econômica Federal.
Confira o pronunciamento na íntegra:
Bolsonaro: Quinta-feira, 14 de maio, 19h. Vamos começar aqui apresentando o Pedro Guimarães, presidente da Caixa Econômica Federal, que vai falar sobre a segunda parcela do auxílio emergencial de R$ 600. E a nossa já conhecida Elisângela, intérprete de libras. E vamos iniciar cumprimentando o Estado de Israel pelo seu 72º aniversário. É uma data que para nós é muito importante porque também quem presidiu a assembleia da ONU, inclusive em 1948 foi o nosso Oswaldo Aranha, onde ele então foi decisivo para a criação do estado de Israel. Então, ao Capitão Benjamin Netanyahu, aquele abraço nosso extensivo a todos os irmãos de Israel. Cada vez mais, estamos juntos. É uma satisfação, é uma honra falar desse estado maravilhoso e eu sempre disse, Pedro, eu comparei muito Israel com o Brasil. Se bem que Israel é menor que o menor estado do Brasil, que é Sergipe. E eles não têm nada lá, não tem água potável, quer dizer, pouca água, né? Quase nada. Não têm terras agricultáveis, não têm biodiversidade, não tem petróleo e um país maravilhoso, que acolhe a todos. Lá você pode fazer marcha do orgulho gay, tem palestino que trabalha em Israel. Israel realmente é um país fantástico, o povo é fantástico, é exemplo para muitos outros países do mundo, tá ok? Então, Estado de Israel, parabéns pelos seus 72 anos. Eu estou com 65, vou pegar vocês um dia.
Algumas notícias aqui: essa questão do vírus, a Unicef acabou de divulgar que temos hoje em dia 780 milhões de crianças fora da sala de aula e os travamentos indiscriminados que estamos tendo na questão da pandemia que são essas quarentenas, lockdowns, podem contribuir para que se aumente 45% a mortalidade infantil no mundo. Em especial para nós aqui no Brasil, nós somos um país ainda em desenvolvimento. E também dizer que a OIT, quero que você fale alguma coisa sobre isso (apontando para Pedro Guimarães), disse a OIT, Organização Internacional do Trabalho, que aqui na América Latina, incluindo o Brasil obviamente, o poder aquisitivo dos informais caiu 80%. Então, vamos supor, elemento informal que ganhava dois mil por mês, vendo churrasquinho de gato, um biscoito globo na praia ou seja lá o que for, ele se ganhava dois mil por mês, 80%, passou para 400, em média R$ 400 a renda dele. Lógico, teve gente que perdeu 50%, né? R$ 1.000. E teve gente que perdeu tudo, não tem como vender nada, estão numa situação bastante complicada. Por isso, Pedro, não sei qual é a sua opinião, a gente acha que o Brasil não supor mais por parte de alguns estados, ter esse bloqueio tão grande no comércio. É a sua opinião também, Pedro?
Pedro: Sim, é tão importante, presidente, o auxílio emergencial, que nós fizemos de uma maneira única e que depois a gente vai anunciar. Quando o senhor me falar eu já faço o anúncio da segunda parcela.
Bolsonaro: Quando você fala em benefício emergencial, os Estados Unidos perdeu 26 milhões de empregos. Nós aqui não temos o número exato, alguns milhões, não vamos anunciar porque não temos o número exato, mas as medidas do governo evitaram que 7,2 milhões de empregos não fossem extintos no Brasil. Então o governo vem fazendo a sua parte porque emprego também é vida. O pessoal fala muito, alguns falam ainda "ah, o cara está pensado em economia e não na vida". Não, economia e emprego é vida. Você ganhando mal ou não ganhando, você tem um problema. Vai faltar comida na sua casa, você vai ter um organismo mais enfraquecido, mais propenso a contrair outras doenças. Então é tratar com responsabilidade a questão da vida e a questão do desemprego também.
Tocando nesse assunto, quando se fala em emprego, teve dois decretos nossos nos últimos dez dias onde nós incluímos na relação de atividades essenciais a construção civil, alguns estados já tinham liberado e outros não, a questão da atividade industrial. Mas deixo bem claro, não basta apenas você abrir a atividade industrial se o industrial produz e na hora de botar no mercado o comércio está fechado. Aí o seu pátio fica cheio, seus depósitos ficam cheios, está certo, e temos esse problema na ponta da linha, a falta de consumo.
Liberamos também academias, porque como diz o Paulo Cintura, "saúde é o que interessa, o resto não tem pressa". Uma pessoa sem saúde não tem uma vida saudável. E também salões de beleza e cabeleireiro. Alguns governadores, tive informações, não iam cumprir o nosso decreto. Eu deixo claro uma coisa: nós todos somos escravos da lei. Se algum governador é contra o nosso decreto, ele tem dois caminhos: pega um deputado federal, um senador do seu estado e entre com um projeto ou decreto no legislativo, para tornar sem efeito o nosso decreto e está resolvido o assunto. Ou então, vá na justiça, está certo? Vá na Justiça. Vá na Justiça que pode uma autoridade do judiciário dizer que o decreto é inconstitucional e suspender os seus efeitos. Lógico, a gente vai recorrer.
Esse é o caminho, não é simplesmente "não vou cumprir", isso não é atitude de uma pessoa que fala em democracia, que fala em liberdade e que está a frente de um executivo. Afinal de contas, eu vi uma posição bastante firme durante uma vídeo-conferência que fizemos com algumas centenas de empresários da Fiesp, a frente o Paulo Skaf, e o seguinte. Se o supremo decidiu que o presidente não decide sobre o Brasil e quem decide são governadores e prefeitos, então quem deveria na verdade decidir era uma pessoa só, é o prefeito. Como hoje eu conversei com o prefeito de Roraima. Itaituba, Roraima. Itaituba no Pará. Conversei porque ele falou para mim que mais de 95% das atividades comerciais do seu município estão abertas e tá indo muito bem, não tem problema de coronavírus e o comércio está funcionando, e ele resolveu assumir essa posição e eu cumprimentei. Que na ponta da linha, com todo respeito aos governadores, quem tem que decidir são os prefeitos. Se não é o presidente, então tem que ser os prefeitos.
Dentro de um mesmo estado, o Pará eu acho que é o segundo estado ou o maior do Brasil, se não me engano, em extensão. O primeiro é o estado do Amazonas. Há diferença enorme entre um município e outro. Até o Rio de Janeiro. Você pega, por exemplo, um município na beira de praia e na serra, há uma diferença enorme. Então cada caso é um caso. E leva-se em conta também quantidade de habitantes. Você pega uma cidade que não tem prédio, só tem casa, já há um isolamento social bastante grande, não precisa dessa gana toda para você conter a expansão. Conter por um tempo, porque o vírus vai atingir no mínimo 70% da população. Isso é fato, isso ninguém discute.
Agora essa maneira radical de proporcionar lockdown, é isso? Eu não falo inglês. Como é que é? Lockdown, parabéns, obrigado. Lockdown, fecha tudo, não dá certo. Não dá certo, tá ok? E não deu certo em lugar nenhum do mundo. A Suécia, um país que não fez lockdown é um país que está bem com a sua economia, quantidade do número de mortos por milhão de habitantes, esse é o número, não é como a imprensa faz, "o Brasil é o segundo, é o terceiro, é o primeiro país com mais mortes". Um país de 210 milhões de habitantes você não pode comparar com outro país que tem cinco milhões de habitantes. Se eu não engano o Uruguai, uns quatro milhões se não me engano. Quatro milhões. Não dá para comparar com o Brasil. Se morre 100 pessoas aqui e 100 no Uruguai, há uma diferença enorme, não é a mesma coisa. Lá a quantidade de habitante é 30, 40 vezes menor do que nós.
Então vamos lá, vamos falar dos R$ 600. Segunda parcela, o pessoal tá apavorado me cobrando porque está fazendo falta, porque é um socorro realmente que é muito bem-vindo. Parabenizo a equipe do Paulo Guedes e o Congresso Nacional por ter aprovado em tempo recorde. E aí, Pedro, o que você tem para falar sobre a segunda parcela?
Pedro: Presidente, o maior programa de inclusão digital do Brasil que se tem notícia de todos os tempos, uma velocidade muito grande. Então nós começamos na segunda-feira, amanhã às 3h da tarde eu e o Ministro Onix vamos dar todos os detalhes, vamos ficar mais de uma, duas horas conversando, mas nós começamos na segunda-feira e faremos toda a questão via mês de nascimento exatamente para que nós tenhamos uma tranquilidade maior no pagamento. Mas amanha às 3h da tarde a gente põe no detalhe.
E outra notícia, presidente, sexta-feira à noite, de sexta para sábado nós voltamos a pagar mais um lote da parcela um que nós estamos recebendo agora do ministério da cidadania. Então são duas boas notícias. E o importante é: vamos pagar mais de 50 milhões de pessoas em outro tempo recorde e isso é uma coisa que nos dá muito orgulho. E para finalizar, são as pessoas que não estavam em programas sociais antes. Então é realmente a pessoa que mais precisa.
Bolsonaro: Também a imprensa bateu muito porque sou capitão do exército, e militares receberam irregularmente os R$ 600. Vamos lá: o que presta serviço militar inicial é militar sim, é um soldado chamado recruta. O que aconteceu, muitos recrutas, não sei precisar o número aqui, como ano passado eles não declararam renda e ficava difícil entrar no filtro, eles se inscreveram como beneficiários e receberam R$ 600, só que foram plotados, foram descobertos e no nosso meio quando um cara faz algo errado o bicho pega, então vão devolver essa grana e vão sofrer, com toda certeza, uma punição disciplinar. Então um recruta, alguns, quis dar um golpe e se deu mal. Vão pagar um preço um pouco alto no tocante a isso daí, porque é uma medida que tentou burlar a legislação.
Por outro lado também, por decisão do Ministério Público, tendo que pagar os R$ 600 para familiares de presos, só que tem muito presidiário que recebe o seguro reclusão. Ou melhor, o auxílio reclusão. Então foi plotado isso, falei com o Canuto do Dataprev hoje e ele falou que esse pessoal, uns 30 mil, um pouco mais de 30 mil, requereu, segurou para fazer um filtro de quem recebe auxílio reclusão. Um detalhe: é uma decisão que veio de cima para baixo para pagar o familiar do presidiário, ok? Vamos cumprir o que manda a legislação. Alguma coisa sobre isso?
Pedro: Só para reforçar, presidente. O maior programa. Uma coisa eu esqueci, nós aumentamos o número, de primeira mão, nós vamos abrir para todas as pessoas do auxílio 50 milhões de contas digitais. Então na verdade estamos oferecendo uma coisa, eu ia falar amanhã mas estou adiantando, todas as pessoas do auxílio receberão uma conta digital de graça. E é muito importante, presidente, porque você consegue fazer essa movimentação pelo celular, então isso é uma novidade. Nós tínhamos 20 milhões de contas e teremos 50 milhões de contas digitais já para essa segunda parcela. Mas de novo, um pouco mais de detalhe eu converso mais amanhã.
Bolsonaro: Vamos continuar aqui. É uma notícia da área econômica que nos preocupa, e não e apenas na caixa econômica que nos detectamos esse problema. De manha eu liguei pro Pedro Guimarães, tinha uma notícia na mídia, eu conversei com ele com mais profundidade. Hoje em dia aproximadamente cinco milhões de pessoas pagam a prestação da casa própria na caixa, financiado pela Caixa. E você poderia negociar o atraso até duas prestações. E você há pouco tempo resolveu passar para três. Então para evitar inadimplência, a Caixa Econômica do Pedro Guimarães, que é o nosso presidente, resolveu passar para três meses. Detalhes: quantas pessoas dentre as cinco milhões a esse...
Pedro: Duas milhões e trezentas.
Bolsonaro: Duas milhões e trezentas mil pessoas são pessoas que pediram para atrasar um mês, mais um mês no pagamento, exatamente porque uns perderam o emprego, outros negociaram o contrato trabalhista ganhando menos. A situação está complicada, nós não podemos colapsar o Brasil nessa área se não o preço a ser pago com vidas será enorme. E em cima disso, qual a outra...
Pedro: Foi aprovado, nós a partir de segunda-feira, ampliará para quatro meses de pausa. Todos os dois milhões e trezentos que já precisam não precisam se preocupar porque será automático. Quem já pediu receberá quatro meses. E quem por ventura for pedir, agora será aprovado quatro meses de pausa. Lembrando só, Presidente, que uma circular do Banco Central, gerada pelo Roberto Campos, permitiu até seis sem alterações de provisões. Então a Caixa continua extremamente sólida, mas é uma ajuda da Caixa Econômica Federal, inclusive nessa parte imobiliária, um milhão e meio de empregos foram mantidos pela ajuda da Caixa no financiamento crédito imobiliário.
Bolsonaro: Deixa eu aproveitar, já que você falou do Roberto Campos Neto, eu fui deputado com o avô dele, foi uma honra para mim em 91 chegar na câmara ele como deputado federal. Logicamente não tinha contato com ele, como a câmara tem muita gente, mas é uma pessoa lá que é muito respeitada na câmara. O seu neto agora presidente do Banco Central. O pessoal começou a discutir, a falar que uma medida provisória publicada no dia de hoje, quem assina sou eu, eu sou o responsável, chamada medida provisória para proteção legal. Alguns começaram a falar, isso pega, né? Que é MP para proteger possíveis fraudes nos estados.
Não tem nada a ver isso aí. É a MP que trata da compra de crédito. Poderia explicar para gente com palavras bastante simples, Pedro?
Pedro: Claro, a gente inclusive conversou com o Roberto, meu amigo há mais de 20 anos, que estava no avião. Então o que é exatamente essa medida provisória? É uma coisa simples, exatamente para ajudar nessa questão do crédito, o Banco Central, como todos os bancos centrais do mundo fazem, vai poder compra o crédito. Só que o Roberto, o Banco Central vai comprar 100 mil, 200 mil, 300 mil créditos de uma vez. Sem essa medida provisória se um crédito dos 200 ou 300 mil tiver alguma fraude, algum problema, todo mundo lá vai arcar. Aí o que vai acontecer: você não consegue que isso funcione.
Então essa medida basicamente é o seguinte: você vai fazer uma compra de 100 mil carteiras, se uma, ou duas, ou três tiverem fraude, você não generaliza o problema para todo o Banco Central. É simples, presidente, em todos os países do mundo. Que dizer, isso aqui é uma coisa normal em países desenvolvidos.
Bolsonaro: Estamos no Facebook, 97 mil, YouTube, 24 mil, e na Rádio Jovem Pan, um abraço Jovem Pan. Muito obrigado pela confiança em transmitir nosso sinal. Estamos também transmitindo no YouTube, se por ventura o sinal do Facebook cair, temos aqui o YouTube pela frente para manter vivo. Está chegando ao final nossa live aqui.
(Alguém interrompe): até agora não travou, presidente.
Bolsonaro: Não travou porque está no YouTube também com toda certeza.
Tivemos uma reunião hoje com empresários, já tocamos nesse assunto, a preocupação do empresariado é que a economia não deixe de funcionar. Tem certos setores da economia que está bastante complicado, complicado sobreviver, está na UTI. Gente do Brasil todo, Brasil todo não, grande parte de São Paulo, Grupo Caoa por exemplo, BP Energy Brasil, Vivo, Gol Linhas Aéreas, Academia Bio Ritmo, Latam, Embraer, gente do Bradesco, Grupo Acor, Casas Bahia, Rede Dor, pessoal peso pesado que resolveu entrar, discutir esse assunto, para a gente poder botar a economia para funcionar porque a gente salva emprego e salvando empregos está salvando vidas também.
Bem, talvez seja o último assunto, protocolo da hidroxicloroquina. Eu conversei ontem com o Ministro Teich, né? Teich? O Nelson Teich. Falei para ele que o Conselho Federal de Medicina recomenda o uso da cloroquina a partir dos primeiros sintomas e o nosso protocolo de 31 de março, que é ainda da época do Ministro Mandetta, dizendo que a cloroquina só pode ser usada a partir de um elemento estar internado em estado grave.
Bem, diz aí, a gente ouve falar bastante, eu converso com muitos médicos, o elemento quando está, o ser humano quando está numa situação grave dificilmente com a cloroquina ele recupera. Dificilmente. Agora quando é na fase inicial ainda, especialmente os mais idosos, que o mais jovem acometido dificilmente se agrava o problema dele, então os mais idosos com a cloroquina não é nada confirmado ainda, mas parece que está dando certo. Então eu acho que amanhã o Nelson Teich dá uma resposta para gente, eu acho que vai ser pela mudança do protocolo. Eu acho que vai ser a mudança do protocolo para que se possa aplicar então a partir dos primeiros sintomas, em especial para as pessoas mais humildes.
Eu quero deixar um testemunho aqui. Minha mãe está com 93 anos. Se um irmão meu, uma irmã, falar "olha, deu positivo para ela", se bem eu meus irmãos já me acompanham sabe o que que eu penso, nos vamos partir para cloroquina. Achar um médico lá, que tem muito médico favorável, para receitar e entrar na cloroquina imediatamente. Não tem que esperar. Logicamente, minha mãe está bastante idosa, espero que ela viva ainda mais uns 50, mais uns cinquentinha está bom demais.
Bem, divulgação, todo mundo quer saber, divulgação do vídeo. Divulgação do vídeo. Aqueles que acreditaram que é um xeque-mate, "agora ele se ferrou", "vídeo avassalador", vocês vão cair do cavalo literalmente. Primeiro que eu espero, num primeiro momento, que o vídeo na íntegra não seja liberado porque tem questões do estado, segurança nacional, e coisa pessoal, se falou em economia, não é o caso se tratar desse assunto.
Agora o cara pergunta por que gravou. A gente costuma gravar, depois tira algumas cenas e destrói. Quando veio à tona que o ex-ministro diz que no vídeo tava bem claro que eu tava interferindo na PF na frente de 20 ministros eu podia destruir o vídeo. Eu falei "não, segura o vídeo, não destrói não". Eu até tava pensando em divulgar, já tinha falado aqui na portaria que ia divulgar.
Houve um pedido do Ministro do Supremo Tribunal Federal Celso de Mello, nós entregamos o vídeo na íntegra, obviamente o vídeo está, ele está como secreto. O vídeo já foi visto pelos advogados do ex-ministro, pelo ex-ministro também, foi visto pelo AGU, pelo pessoal da Polícia Federal e amanha o Advogado Geral da União vai peticionar, o senhor Ministro relator no Supremo Tribunal Federal tem que dizer o seguinte, são dois trechos de 30 segundos que interessam ao processo, então ninguém tem dúvida disso. Mas da minha parte eu autorizo divulgar todos os 20 minutos, até para ver dentro de um contexto, o restante a gente vai brigar, a gente espera que haja sensibilidade de relator que é uma reunião reservada nossa, não tem nada, não existe filmada por (inaudível) como é na câmara, como é no senado federal.
A gente espera que ele acolha isso e divulgue 20 minutos. Tem palavrão no meio? Tem, é a minha maneira de ser, para quem não quiser ouvir palavrão, se for liberado, não assista. Entendo que é uma reunião reservado e é a maneira que a gente tem de conduzir o trabalho, conversar. Vão ver lá que não existe as palavras Polícia Federal, superintendência. O que tem lá quando eu falo segurança, o que é segurança? É minha vida. Depois do acidente, ou melhor, da tentativa de homicídio, eu sempre me preocupei mais com os meus familiares e alguns amigos meus do que até comigo mesmo. Então vocês vão ter conhecimento de tudo e vai esclarecer.
E deixo bem claro também: o próprio senhor Valeixo diz que a demissão foi a pedido, que não houve interferência minha junto a Polícia Federal e não houve mesmo. Eu nunca conversei, não me lembro de ter conversado com o superintendente da PF no Brasil, não me lembro. Talvez tenha conversado até sem saber. Já tive algumas vezes no passado lá no Rio de Janeiro, lá na sede da PF, mas nunca tratei de processo, tratei de nada, até porque não tem como interferir. A PF tem que ter autonomia. "Olha, a PF está agindo. Parabéns à PF, está botando para quebrar em alguns estados, parabéns. Tá certo, vamos em frente, vamos combater a corrupção, vamos inibir com essas ações, inibir quem por ventura queira praticar (inaudível)".
Fiquei sabendo, foi pela mídia, não sei se é verdade mas deve ser verdade, de vez em quando a mídia acerta. Vários contratos estão sendo cancelados, cancelados pelos estados, contratos voltados ao combate do coronavírus, tá certo? Então, se Deus quiser, espero que o senhor Celso Mello decida rapidamente isso aí e libere os 20 minutos, não tem problema, e não permita liberar o restante para evitar problemas com o Brasil e com outros países que nós citamos ali, uma relação comercial mas que não é o caso. Não é o caso, para esclarecer e botar um ponto final nisso.
Agora deixa eu falar uma coisa, não sei se a imprensa falou, mas no depoimento da Carla Zambelli ontem. Meu telefone está aí, pessoal? Tá ocupado? Daqui rapidinho, vale a pena. Eu falei com a Carla Zambelli, ela autorizou. A Carla Zambelli autorizou a divulgação e é uma coisa que bota um ponto final nessa questão de interferência na PF. Vou botar Carla Zambelli aqui, está autorizado pela Carla Zambelli para deixar bem claro, eu jamais publicaria algo sem autorização da pessoa interessada. Dá para pegar aí?
Isso aconteceu na sexta-feira, no dia que o senhor Sérgio Moro pediu demissão. Ela aqui, então a partir das 9h da manhã, ela tenta contato, ela fica tentando contato com o senhor Sérgio Moro, né. Ela escreve aqui: "O Valeixo pediu para sair, não tem porque sair, Ministro". Ela não estava autorizada a conversar em meu nome como ela disse, não estão autorizados a conversar em nome do presidente. Ela foi, como ele é padrinho de casamento dela, e o que eu entendi até aquele momento, Sérgio Moro era um ídolo para ela, como era um ídolo para muita gente, e ela tentou fazer com que o Sérgio Moro ficasse no Ministério da Justiça, não pedisse demissão porque àquela altura do campeonato a partir das 9h da manhã exista essa possibilidade, tendo em vista anunciado a sua coletiva de pedir demissão.
E vai saindo aqui, 10h30, "por favor, me dá cinco minutos. Por favor, deixa eu falar com você. Estou com o Lucas", não sei quem é o Lucas aqui. "Deixa eu entrar só cinco minutos", 10h30, a coletiva foi às 11h. Aí ela mandou aqui, "o planalto que pediu mas estou vindo não como parlamentar", então ela já falou que eu não pedi nada. Ela falou planalto, talvez algum ministro tenha conversado com ela e pedido para entrar em contato com o Sergio Moro. "Deixa eu falar, mas como sua admiradora, apelo nas ruas, me ouve só um pouco. Há seis anos te defendo", a Carla falando, é só ela falando aqui. "Me ouve só um pouco, tudo que os criminosos querer é a sua saída. Não dê esse gosto a eles, o Brasil precisa de você".
Aí ele responde, está em branco aqui. "Se o PR (Presidente da República) anular o decreto de exoneração, ok", O decreto de exoneração do Valeixo. Ou seja, vamos supor, que eu tivesse exonerado o decreto da exoneração do senhor Valeixo. Ele voltaria, ele cancelaria. Ele dá a entender que ele cancelaria a coletiva dele, voltaria ao seu trabalho normal, e não se falaria mais em interferência. Reparou, acabou a interferência. Quer mostrar mais perto aí?
Então isso daqui mata de vez a história de interferir na Polícia Federal. Mata de vez. Ponto final. Pá de cal em cima desse negócio aí e voltamos a normalidade como acabou com a história do meu atestado de positivo ou negativo pro coronavírus. Eu falei a palavra só, eu resolvi não mostrar e dizer que tava negativo. Podia entrar na justiça, eu briguei na reta final, resolvemos não entrar em polêmica com o senhor Ricardo Lewandowski e o Ministro do Supremo Tribunal Federal. E antes mesmo da liminar dele conversei com a AGU que entregou os exames. Se essa for a decisão sua pode mostrar sem problemas nenhum.
Acabou que foi a decisão dele mesmo, um abraço ao Lewandowski, oficial dois de cavalaria, eu sou artilheiro. E sepultou esse negócio, resolveu o problema. Eu acho que o Brasil, apesar dos problemas que nós temos, muitos problemas. Eu falei do Rodrigo Maia hoje ou não? Tive um encontro hoje com o Rodrigo Maia. Ele é o Presidente da Câmara dos Deputados, ponto final. Como o Alcolumbre é presidente lá do Senado Federal. Acertamos algumas pautas para serem votadas, a gente disso aí, o Brasil precisa sair dessa situação que se encontra. É uma pauta que já faz parte da vida do Rodrigo Maia, nos acertamos nessas questões.
Dar uma boa notícia aí. O relator do projeto de lei nosso que trata de uma mexida no Código Nacional de Trânsito, eu não li ainda o relatório final mas foi atendida a questão de passar de cinco para 10 anos a validade da carteira de motorista. A questão a inspeção de saúde, que você é obrigado a procurar uma clínica conveniada ao Detran, 200, 300 reais. Você pode levar seu tio, seu pai, sua esposa, seu esposo, sendo médico assina ali que tá tudo bem, vai valer. O que mais?
Uma questão muito importante que interessa. O pessoal me critica, né? "Ah, o cara é isso, é aquilo". Pessoal, quem trabalha no trânsito. Pega caminhoneiro, motorista de ônibus, motorista de van, taxista, Uber. Pô, 20 pontos no ano é rápido. Então estamos passando para 40 pontos. O projeto é muito bom, amanhã entro em contato com o Rodrigo Maia e ele bota em votação com toda certeza semana que vem.
Eu pretendo lá dentro, estou com saudade da Câmara dos Deputados, da pancadaria lá, pô. 28 anos naquela arena. Pretendo sancionar o projeto de lei na mesa do Presidente da Câmara Rodrigo Maia para gente dar essa boa notícia para a população e, com toda certeza, outras boa notícias terão. Nós nos acertando, pode ter certeza que a gente vai se acertar cada vez mais. O Brasil está acima de mim, está acima do Rodrigo Maia, está acima de qualquer um dos 210 milhões de brasileiros. Nós vamos dar boas notícias para o povo brasileiro. Pedrão, alguma coisa mais?
Pedro: Amanhã a gente tem esse anúncio no detalhe, importante.
Bolsonaro: Estamos no canal do YouTube "Foco do Brasil", 26 mil. Obrigado, Foco do Brasil. Folha Política, nove mil e mais canais do YouTube. Muito obrigado pela confiança em nos transmitir ao vivo, espero que vocês tenham ganhado mais alguns seguidores em cima disso, espero né. Estamos chegando a 10 milhões e meio no Facebook. As outras mídias, alguém lembra aí?
(Alguém ao fundo): 15 milhões no Instagram.
Bolsonaro: 15 mil? 15 mil é pouco, pô.
(Alguém ao fundo): 15 milhões.
Bolsonaro: 15 milhões (inaudível). O que mais, alguém lembra outra mídia?
(Alguém ao fundo): 2 milhões no YouTube.
Bolsonaro: 2 milhões no YouTube. Esse YouTube realmente.
(Alguém ao fundo): Seis milhões e meio no Twitter.
Bolsonaro: Seis milhões e meio no Twitter. O nosso aqui é o que mais interage no mundo, as redes sociais? As mídias sociais que mais interagem no mundo. Ele procura levar uma informação precisa. De vez em quando dá uma canelada, acontece. A gente se desculpa, como desculpei aquele caso de Belo Horizonte, faltou conferir se era verdadeiro ou não o vídeo e toca o barco. Todos nós podemos errar. Somos falhos e a humildade acima de tudo é reconhecer quando erra.
Então muito obrigado a todos que nos acompanham e seguem pela confiança. Obrigado, Pedrão. Está feliz com o seu trabalho, Elisângela? Pessoal, muito obrigado e até semana que vem. Estamos juntos. Semana que vem YouTube e Facebook. Valeu, pessoal.
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