Secretário de Transportes vê 'discurso infeliz' por rodízio em São Paulo
O prefeito de São Paulo, Bruno Covas (PSDB), fez uma "declaração infeliz" ao defender o rodízio na cidade durante a pandemia do novo coronavírus. A avaliação foi de Alexandre Baldy, secretário dos Transportes Metropolitanos do Estado de São Paulo, em participação no UOL Entrevista de hoje.
"Cidade com maior índice de pessoas infectadas e ele (Bruno Covas) fez uma declaração muito infeliz. Nossa intenção não era ser avisado antes da medida, mas nos planejarmos e debatermos algumas decisões antes, planejarmos como teriam sido os impactos", disse Baldy.
"Desde 4 de maio, existe um decreto-lei. Objetivamente, o cidadão que estiver a caminho do transporte público, tem que estar de máscara. Quando ele estiver na catraca do metrô, da CPTM, será proibido de entrar [se estiver sem máscara]. No ônibus, também será impedida a entrada sem máscaras", acrescentou.
Baldy explica que não há qualquer tipo de "racha" entre a prefeitura e o governo de São Paulo e ressaltou que todas as medidas que estão sendo tomadas são feitas "com boa intenção" para combater a pandemia do novo coronavírus.
"Medidas em todo momento são sugeridas pelas equipes, seja do prefeito, seja dos governadores em qualquer parte do Brasil, [uma vez que] não existe manual de como atuar, de como combater, seja no transporte, seja na saúde, ou em qualquer área de atribuição. É claro que essas medidas são sempre pensadas, verificadas em várias partes do mundo e buscadas [para serem implementadas] aqui com boa fé, com uma boa intenção", salientou Baldy, que acrescentou:
"A relação é de muito respeito e de busca de trabalho em conjunto. Em alguns casos, obviamente, você pode ter decisões que são pensadas com boa intenção, boa vontade, mas que podem surtir efeitos que não atendam ou atinjam aqueles que são os objetivos principais, que é manter às pessoas em casa, realizar o distanciamento social e consequentemente não ter um acréscimo de pessoas no transporte público, que estariam entre os três locais que estariam as maiores possibilidades de contaminação."
O secretário também explica que o governo de São Paulo tomou uma série de medidas para apoiar a medida implementada pelo prefeito Bruno Covas e ressaltou que, passada uma semana da decisão, será possível avaliar os impactos e possíveis melhorias a serem adotadas.
"Respeitamos a decisão que foi exclusiva da prefeitura, do prefeito Bruno Covas, e apoiamos a decisão do ponto de vista de aumentar a oferta de trens, houve a nossa interpretação de que haveria o aumento de pessoas no sistema de transporte, nós aumentamos fortemente o número de trens, fortemente o número de ônibus pela EMTU, para que a gente suportasse e desse apoio para a medida tomada pela prefeitura para que nós entendêssemos qual seria a consequência", salientou Baldy, que finalizou o tema:
"Agora, ao fim dessa semana, nós podemos fazer uma reflexão [sobre o resultado], e a prefeitura pode fazer uma análise aprofundada de quais são os impactos da ação que foi feita e todas as consequências geradas no transporte e em outras áreas de atribuição."
ID: {{comments.info.id}}
URL: {{comments.info.url}}
Ocorreu um erro ao carregar os comentários.
Por favor, tente novamente mais tarde.
{{comments.total}} Comentário
{{comments.total}} Comentários
Seja o primeiro a comentar
Essa discussão está encerrada
Não é possivel enviar novos comentários.
Essa área é exclusiva para você, assinante, ler e comentar.
Só assinantes do UOL podem comentar
Ainda não é assinante? Assine já.
Se você já é assinante do UOL, faça seu login.
O autor da mensagem, e não o UOL, é o responsável pelo comentário. Reserve um tempo para ler as Regras de Uso para comentários.