PF vai investigar possível vazamento de operação para Flávio Bolsonaro
A Polícia Federal informou no início da noite deste domingo (17) que vai investigar o possível vazamento de informações sigilosas da Operação Furna da Onça ao senador Flávio Bolsonaro (Republicanos-RJ).
"Todas as notícias de eventual desvio de conduta devem ser apuradas e, nesse sentido, foi determinada, na data de hoje, a instauração de novo procedimento específico para a apuração dos fatos apontados" afirma a PF em nota divulgada pela assessoria de imprensa.
"Esclarece-se, ainda, que notícia anterior, sobre suposto vazamento de informações na operação 'Furna da Onça', foi regularmente investigada pela PF através do Inquérito Policial n° 01/2019, que encontra-se relatado", diz a nota.
No comunicado, a PF afirma que a operação policial foi deflagrada no Rio de Janeiro em 08 de novembro de 2018, e que os respectivos mandados judiciais foram expedidos pelo Tribunal Regional Federal da 2° Região, no dia 31 de outubro de 2018, portanto, depois do segundo turno das eleições presidenciais.
Pedido de investigação ao STF
Mais cedo, uma frente de deputados federais de oposição, a maioria do PSOL, entrou com uma representação no STF (Supremo Tribunal Federal) para que o senador e seu suplente, o empresário Paulo Marinho (PSDB-RJ), sejam ouvidos no inquérito aberto na corte suprema para investigar uma tentativa de intervenção na Polícia Federal por parte do presidente Jair Bolsonaro.
A suposta tentativa de interferência na PF foi denunciada pelo ex-ministro da Justiça, Sergio Moro.
Em entrevista ao jornal "Folha de S.Paulo" neste sábado (16), o empresário afirma que Flávio Bolsonaro o procurou após o segundo turno das eleições presidenciais em 2018, e afirmou que teve conhecimento prévio sobre a Operação Furna da Onça, da Polícia Federal.
Na petição, 11 deputados pedem que o ministro Celso de Mello, responsável pelo acompanhamento das investigações, solicite o depoimento do senador e de seu suplente.
Deputados cobram cassação e CPI
Mais cedo a PGR afirmou, em nota, que vai analisar as declarações do empresário, ex-aliado da família Bolsonaro, para decidir se pede seu depoimento no inquérito ou não.
Ao longo do dia, ex-aliados e políticos da oposição manifestaram-se sobre as revelações de Marinho com pedidos de cassação, impeachment e uma CPI no Congresso.
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