Após reunião, prefeitos declaram apoio à permanência de Pazuello na Saúde
Após reunião hoje com o general Eduardo Pazuello, que chefia interinamente o Ministério da Saúde, a Frente Nacional de Prefeitos (FNP) afirma que vai apoiar a permanência do militar no comando da pasta.
Jonas Donizette (PSB), prefeito de Campinas e presidente da FNP, diz que ele e os colegas saíram bem impressionados da conversa com o ministro interino. "Devemos apoiar a permanência dele para dar estabilidade", afirmou ao UOL.
Donizette diz que o encontro de hoje foi o primeiro, num período de dois meses, do Ministério da Saúde com o grupo, que reúne 406 cidades com mais de 80 mil habitantes e inclui todas as capitais do país.
O ex-ministro Nelson Teich, que pediu exoneração do cargo na última sexta-feira, não chegou a se reunir com os prefeitos.
Participaram da conferência, além de Donizette, Firmino Filho (Teresina), Edvaldo Nogueira (Aracaju), Luciano Rezende (Vitória), Clécio Luís (Macapá), Emanuel Pinheiro (Cuiabá), Teresa Surita (Boa Vista) e Barjas Negri, prefeito de Piracicaba (SP) e ex-ministro da Saúde do governo Fernando Henrique Cardoso.
Pedido de recursos para municípios
Na pauta, havia pedidos para que a pasta disponibilizasse recursos diretamente para médias e grandes cidades, além de testes, respiradores, equipamentos de proteção (EPIs) e medicamentos.
Segundo o presidente da FNP, os repasses são feitos primeiramente para governadores e há prefeitos reclamando que não recebem os insumos por divergências políticas.
"Capitais e cidades grandes precisam ter um canal direito com o Ministério. O general aprovou e disse que vai tentar viabilizar isso com velocidade", relatou Donizette.
O general Pazuello, de acordo com o prefeito de Campinas, também se comprometeu a editar um documento com orientações unificadas para o combate ao novo coronavírus, definindo critérios para prevenção, testagem em massa e reabertura da economia.
"O general disse que ainda vai validar esse protocolo com o presidente [Jair Bolsonaro] e ainda não deu uma data", conta Donizette.
Pazuello também não deu prazo para as outras medidas acordadas — a falta de prazos de Teich, por exemplo, foi alvo de críticas de governadores em reuniões com o ex-ministro da Saúde.
Segundo o presidente da FNP, os prefeitos fecharam acordo para não falar sobre cloroquina nesta reunião e se concentrar na questão de insumos e infraestrutura para as prefeituras.
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