Deputados protocolam pedido de impeachment contra Witzel na Alerj
Os deputados Dr Serginho (Republicanos), individualmente, Luiz Paulo (PSDB) e Lucinha (PSDB), em conjunto, protocolaram hoje na Alerj (Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro) dois pedidos de impeachment contra o governador Wilson Witzel (PSC).
O governador é alvo da Operação Placebo, feita pela Polícia Federal e pelo MP (Ministério Público), contra desvios na área da saúde. Ontem, a PF cumpriu mandados de busca e apreensão no Palácio das Laranjeiras, na residência pessoal do governador e em um endereço ligado à mulher de Witzel. Witzel alega inocência e se diz perseguido (leia mais abaixo).
De acordo com Luiz Paulo, o fundamento do pedido está na decisão do STJ (Superior Tribunal de Justiça) que determinou mandados de busca e apreensão de documentos e celulares na casa de Witzel.
"É inadmissível os fatos que vêm ocorrendo de corrupção no estado do Rio de Janeiro. Em plena pandemia com dezenas de pessoas morrendo a cada dia. Com dezenas, centenas e milhares de pessoas sendo contaminadas e mesmo assim há uma corrupção desvairada. E esse pedido se fundamenta em duas operações que já ocorreram. A Operação Favorito e a Operação Placebo e também numa série de outros acontecimentos que fundamentam o parecer do ministro do STJ [Supremo Tribunal de Justiça] autorizando a operação da PF", disse o deputado em vídeo enviado ao UOL.
Entre os argumentos disponíveis no pedido de impeachment de Witzel estão crime de responsabilidade e improbidade administrativa pela malversação de dinheiro público. O pedido cita as operações Placebo e Favoritos, ambas realizadas por PF e MP para investigar fraudes em contratos emergenciais feitos pela Secretária de Saúde do Rio para o combate à covid-19.
Agora, cabe à mesa diretora da Alerj (Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro) aceitar um dos pedidos de impeachment, e instaurar o processo. Depois dos trâmites regimentais, com testemunhas de acusação e defesa, o plenário da Casa votará pela permanência ou afastamento de Witzel do cargo.
Witzel alega inocência
Na tarde de ontem, o governador do Rio se defendeu das acusações, alegou inocência e disse que lutará contra a "ditadura da perseguição". "Continuarei lutando contra esse fascismo que está se instalando no país, contra essa ditadura da perseguição. Não permitirei infelizmente que esse presidente que eu ajudei a eleger se torne mais um ditador na América Latina", afirmou Witzel.
Na manhã de hoje, o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) disse aos seus apoiadores que, enquanto ele for presidente, "vai ter mais [operações da PF]", se referindo a operação Placebo realizada ontem.
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