Partidos denunciam Eduardo Bolsonaro por fala sobre "medida enérgica"
O deputado federal Eduardo Bolsonaro (PSL) é alvo de mais uma representação protocolada hoje no Conselho de Ética por quebra de decoro parlamentar.
Os partidos PSOL, Rede, PT, PDT, PCdoB e PSB acusam o filho do presidente da República de disseminação de fake news, incitação ao ódio e ameaças a ministros do Supremo Tribunal Federal (STF).
"Em plena crise pandêmica no país, enquanto o povo brasileiro está de luto pelos mais de 25 mil óbitos decorrentes do novo coronavírus, além dos mais de 400 mil casos confirmados, o país assistiu perplexo a mais uma manifestação contra o Estado Democrático de Direito promovida pelo Deputado Federal Eduardo Bolsonaro", diz o documento.
Os partidos destacam o comentário feito ontem pelo deputado sobre a operação da Polícia Federal que cumpriu mandados de busca e apreensão de computadores e celulares de pessoas ligadas ao "Gabinete do Ódio".
Sobre o acontecimento, Eduardo Bolsonaro afirmou que "quando chegar ao ponto que o presidente não tiver mais saída e for necessário uma medida enérgica ele é que será tachado como ditador".
O deputado Eduardo Bolsonaro criticou os inquéritos em curso no Supremo e afirmou que é necessário punir o ministro Alexandre de Moraes.
"Sem disfarçar o seu caráter autoritário e saudosista da ditadura civil-militar brasileira, o Representado disse ainda até entender as pessoas que tenham uma 'postura mais moderada', para tentar impedir um "momento de ruptura", mas ele acredita que a questão, nesse caso, não é de se vai ocorrer a cisão, mas de quando", destaca a representação.
Eduardo Bolsonaro já responde a processo no Conselho de Ética por afirmar que "se a esquerda brasileira radicalizar", uma resposta pode ser "via um novo AI-5". Essas representações foram apresentadas pelo PSOL, Rede, PT e PCdoB.
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