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Após operação contra Witzel, secretário de Polícia Civil pede demissão

O secretário da Polícia Civil do Rio, delegado Marcus Vinícius Braga, pediu demissão  - Reprodução/TV Globo
O secretário da Polícia Civil do Rio, delegado Marcus Vinícius Braga, pediu demissão Imagem: Reprodução/TV Globo

Igor Mello

Do UOL, no Rio

30/05/2020 12h25

O secretário de Polícia Civil do Rio de Janeiro, o delegado Marcus Vinícius Braga, pediu demissão na manhã de hoje. A saída dele ocorre quatro dias depois de Wilson Witzel (PSC) e da cúpula do governo fluminense terem sido alvo da Operação Placebo, deflagrada pela Polícia Federal por ordem do STJ (Superior Tribunal de Justiça).

De acordo com a Polícia Civil do Rio, Braga será substituído pelo também delegado Flávio Marcos Amaral de Brito, que ocupava o posto de subsecretário de Gestão Administrativa até então. Brito também já ocupou a Subsecretaria de Inteligência. A tendência é que a mudança no comando da Polícia Civil do Rio seja oficializada no Diário Oficial da próxima segunda-feira (1).

Essa é a terceira mudança no primeiro escalão do governo do Rio desde a Operação Placebo, que investigou indícios de participação de Witzel, da primeira-dama Helena Witzel e de secretários em supostos desvios ocorridos em contratos emergenciais para o combate ao coronavírus. Nesta sexta-feira, o governador já havia demitido os secretários André Moura (Casa Civil) e Luiz Claudio Rodrigues (Fazenda), Ambos foram substituídos por nomes ligados ao secretário de Desenvolvimento Econômico Lucas Tristão, braço-direito de Witzel e também investigado no âmbito da Operação Placebo.

Witzel também foi obrigado a fazer mudanças em sua relação com a Alerj (Assembleia Legislativa do Rio). Após a ação da PF, o deputado estadual Marcio Pacheco, colega de partido do governador, decidiu abandonar o posto de líder do governo na casa após ver Lucas Tristão —que enfrenta forte desgaste na Alerj— se fortalecer no Executivo.

Ainda na Alerj, Witzel foi alvo de três pedidos de impeachment nesta semana, apresentados pelas bancadas do PSDB, do NOVO e pela ala bolsonarista do PSL.

Além das três mudanças no secretariado, Witzel foi obrigado a anular a nomeação de Edmar Santos, ex-secretário de Saúde, para a Secretaria Extraordinária de Acompanhamento das Ações Governamentais Integradas da Covid-19 — criada para amparar o médico, que também é investigado nas denúncias de irregularidades na saúde do Rio.