Oposição no Senado pede que população não vá a manifestações neste domingo
Uma carta assinada por líderes de oposição no Senado hoje pede à população que não compareça a manifestações convocadas para o próximo domingo (7) contra o governo. Eles alegam como motivo a pandemia do novo coronavírus, que já matou mais de 32,5 mil pessoas no Brasil.
A nota publicada tem o apoio de representantes dos partidos Rede Sustentabilidade, PSB, PT, PDT, Cidadania, e do líder do PSD na Casa, Otto Alencar, cuja legenda não faz oposição ao governo de Jair Bolsonaro, mas tem oposicionistas na liderança e vice-liderança no Senado.
"Nosso pedido parte da avaliação de que, não tendo o país ainda superado a pandemia, que agora avança em direção ao Brasil profundo, saindo das capitais e agravando nos interiores, precisamos redobrar os cuidados sanitários e ampliar a comunicação com a sociedade em prol do distanciamento social", diz a carta articulada pelo líder da Oposição, senador Randolfe Rodrigues (Rede-AP).
Os senadores dizem que a presidência de Bolsonaro é "aliada do coronavírus" e que adiarão a ida às ruas "até que possamos, sem riscos, ocupá-las, em prol da população". Afirmam ainda que a "escalada autoritária do governo federal" é motivo para preservar a vida e a segurança dos brasileiros, "não dando ao governo aquilo que ele exatamente deseja, o ambiente para atitudes arbitrárias."
"Entendemos, portanto, que ainda não é o momento, em respeito às famílias de vítimas do coronavírus e também daqueles que até hoje tem respeitado e com razões, baseado nos melhores estudos científicos, o isolamento como a melhor alternativa de combate à covid-19. Continuaremos firmes na oposição das mais diversas formas que a situação pandêmica nos permite", conclui a carta.
Leia a íntegra:
Os líderes dos diferentes partidos do Senado Federal, a saber a Rede Sustentabilidade, o PSB, o PDT, o Cidadania, o PSD e o PT, vem através desta nota desencorajar os brasileiros que, acertadamente, fazem oposição ao Sr. Jair Bolsonaro a irem às ruas nesse próximo domingo.
Nosso pedido parte da avaliação de que, não tendo o país ainda superado a pandemia, que agora avança em direção ao Brasil profundo, saindo das capitais e agravando nos interiores, precisamos redobrar os cuidados sanitários e ampliar a comunicação com a sociedade em prol do distanciamento social.
Bem certo que a organização de setores da sociedade aqueceu nossos corações de esperança, na certeza de que o Brasil já identificou que a política da presidência da república tem sido devastadora ao país e aliada do Coronavírus. Adiaremos à ida às ruas, pelo bem da população, até que possamos, sem riscos, ocupá-las, em prol da população.
Ademais, observando a escalada autoritária do governo federal, devemos preservar a vida e segurança dos brasileiros, não dando ao governo aquilo que ele exatamente deseja, o ambiente para atitudes arbitrárias.
Entendemos, portanto, que ainda não é o momento, em respeito às famílias de vítimas do Coronavírus e também daqueles que até hoje tem respeitado e com razões, baseado nos melhores estudos científicos, o isolamento como a melhor alternativa de combate à Covid-19. Continuaremos firmes na oposição das mais diversas formas que a situação pandêmica nos permite.
Assinam,
Randolfe Rodrigues, líder da Oposição e da Rede Sustentabilidade do Senado Federal.
Eliziane Gama, líder do Cidadania no Senado Federal.
Weverton Rocha, líder do PDT no Senado Federal
Jaques Wagner, vice-líder do PT no Senado Federal.
Veneziano Vital do Rego, líder do PSB no Senado Federal.
Otto Alencar, líder do PSD no Senado Federal.
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