Toffoli pede investigação de ato que lançou fogos contra prédio do STF
O presidente do STF (Supremo Tribunal Federal), ministro Dias Toffoli, pediu hoje a abertura de investigações contra os responsáveis pelo ato que culminou com o lançamento de fogos de artifício contra o prédio do tribunal, na noite de ontem.
Toffoli enviou ofícios pedindo que o caso seja apurado à Polícia Federal, à PGR (Procuradoria-Geral da República), à Secretaria de Segurança Pública do Distrito Federal e ao ministro do STF Alexandre de Moraes, relator do inquérito que apura a disseminação de notícias falsas e ameaças aos ministros da corte, o chamado inquérito das fake news.
Nos ofícios, Toffoli cita o manifestante Renan da Silva Sena e pede que ele seja investigado pelos crimes de calúnia, injúria e difamação. Segundo reportagem da TV Globo, Renan foi preso hoje em Brasília pela Polícia Civil do DF. A reportagem do UOL não conseguiu entrar em contato com a defesa do manifestante.
Sena é ex-funcionário terceirizado do Ministério da Mulher, da Família e dos Direitos Humanos. Em maio, ele agrediu verbalmente e cuspiu em enfermeiras durante uma manifestação na Praça dos Três Poderes, em Brasília.
No sábado, um grupo de manifestantes lançou fogos de artifício contra o prédio do STF. A ação foi realizada após o governo Distrito Federal desmontar um acampamento de apoiadores do presidente Jair Bolsonaro (sem partido) instalado na região da Esplanada dos Ministérios.
Na tarde de ontem, um grupo já havia invadido a laje do Congresso Nacional e a Polícia Legislativa foi acionada para retirar os manifestantes do local.
Em vídeo divulgado nas redes sociais, um homem fez ameaças aos ministros do Supremo durante a queima dos fogos: "Se preparem, Supremo dos bandidos, aqui é o povo que manda", diz ele na gravação.
Os atos levaram o governador do Distrito Federal, Ibaneis Rocha (MDB), a decretar o fechamento da Esplanada dos Ministérios para veículos e pedestres nesse domingo.
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