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PSL: Zambelli e Eduardo Bolsonaro são precedentes para punições a deputados

Vice-presidente do partido lembrou processos internos para eventuais punições a filiados -  DIDA SAMPAIO/ESTADÃO CONTEÚDO
Vice-presidente do partido lembrou processos internos para eventuais punições a filiados Imagem: DIDA SAMPAIO/ESTADÃO CONTEÚDO

Do UOL, em São Paulo

23/06/2020 17h17

O PSL admite punição interna a filiados suspeitos de financiar atos antidemocráticos com dinheiro público. De acordo com o deputado federal Júnior Bozzella (PSL-SP), vice-presidente nacional da sigla e presidente do diretório de São Paulo, há precedentes no partido para tal.

Os deputados federais Eduardo Bolsonaro (PSL-SP) e Carla Zambelli (PSL-SP), segundo Bozzella, são exemplos. Ambos já foram punidos e suspensos pelo partido.

"Há um processo disciplinar que corre desde o ano passado, no qual foi dado o amplo direito aos deputados de se defenderem. O rito correu dentro do processo que determina o estatuto", disse Bozzella em entrevista à CNN Brasil.

"Alguns deputados receberam essa punição, a suspensão foi aplicada, os dois recorreram à Justiça. Mas, no rito interno, os dois estão suspensos. Outros tantos processos, outras representações estão chegando, eu vou dar o encaminhamento necessário", acrescentou.

Conforme a Procuradoria-Geral da República, os deputados federais Aline Sleutjes (PR), Bia Kicis (DF), General Girão (RN) e Guiga Peixoto (SP), todos do PSL, teriam contratado uma agência de publicidade para divulgar conteúdos a respeito de protestos inconstitucionais durante atos a favor do presidente Jair Bolsonaro (sem partido). O jornal O Globo informou que as manifestações teriam sido financiadas com dinheiro liberado pelos deputados do partido.

"É importante esclarecer o cidadão brasileiro que o PSL é um partido independente e que zela pelas instituições do país. Temos que diferenciar quem são os deputados do PSL que estão no campo de uma direita mais racional, que têm a democracia como uma vertente do nosso partido (...). Agora, esses deputados que hoje estão aí, se atrapalhando com relação a todas essas investigações, precisam responder a isso no campo jurídico. A Justiça precisa se fazer presente no nosso país", disse Bozzella.

"Nós precisamos ter, sim, um compromisso com a verdade, com as pessoas. E o PSL, nós, enquanto partido político, não iremos tolerar nenhum tipo de ato que venha ferir a integridade, a imparcialidade, a moral e a honra do povo brasileiro. O partido está vigilante, está atento. Muitos desses deputados já foram vítimas de processos internos no nosso partido."