General Ramos é transferido para reserva do Exército
Ministro-chefe da Secretaria de Governo, o general Luiz Eduardo Ramos foi transferido, a pedido, para a reserva remunerada do Exército. A decisão foi publicada na edição de hoje do Diário Oficial da União (DOU).
A transferência já era aguardada desde junho, quando o General Ramos afirmou que entraria com um requerimento. Na ocasião, o ministro alegou que, no exercício do cargo de ministro de Estado, deixou de participar de reuniões e decisões estratégicas do Exército, embora se mantivesse no serviço ativo, mas licenciado do alto comando do Exército (ACE).
"Com esta decisão, afasto de forma definitiva e irrevogável a possibilidade do meu retorno às lides da caserna, o que poderia acontecer até dezembro de 2021, como também, do recebimento de uma nova missão oriunda do Comando do Exército", disse o ministro.
No mês passado, Ramos afirmou, em entrevista à revista Veja, que cogitava se transferir para a reserva para que suas decisões como ministro não fossem associadas às Forças Armadas. Ele citou a vez em que acompanhou o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) em um ato favorável ao governo e que atacava o Congresso Nacional e o STF (Supremo Tribunal Federal).
"Fui muito criticado no dia seguinte, inclusive pelos meus companheiros de farda. Não me sinto bem. Não tenho direito de estar aqui como ministro e haver qualquer leitura equivocada de que estou aqui como Exército ou como general. Por isso, já conversei com o ministro da Defesa e com o comandante do Exército. Devo pedir para ir para a reserva. Estou tomando essa decisão porque acredito que o governo deu certo e vai dar certo. O meu coração e o sentimento querem que eu esteja aqui com o presidente", disse Ramos à revista em junho.
O ministro completou recentemente um ano no governo Bolsonaro. Ele assumiu o cargo no lugar de Carlos Alberto dos Santos Cruz, general de reserva do Exército.
Ontem, Ramos fez uma postagem dizendo que, "agora não mais na ativa, segue firme no compromisso de construir um Brasil digno para os brasileiros, com os mesmos valores conservadores" do presidente Jair Bolsonaro.
O governo Bolsonaro teve início em 1º de janeiro de 2019, com a posse do presidente Jair Bolsonaro (então no PSL) e de seu vice-presidente, o general Hamilton Mourão (PRTB). Ao longo de seu mandato, Bolsonaro saiu do PSL e ficou sem partido até filiar ao PL para disputar a eleição de 2022, quando foi derrotado em sua tentativa de reeleição.
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