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Eduardo Paes provoca Wilson Witzel, afastado do cargo: 'Eu avisei'

Eduardo Paes disputou as eleições de governador contra Wilson Witzel, em 2018 - Marcello Dias/Folhapress
Eduardo Paes disputou as eleições de governador contra Wilson Witzel, em 2018 Imagem: Marcello Dias/Folhapress

Do UOL, em São Paulo

28/08/2020 12h55Atualizada em 28/08/2020 16h03

O ex-prefeito da capital do Rio de Janeiro e ex-candidato ao governo do estado, Eduardo Paes (DEM), fez uma provocação ao governador afastado, Wilson Witzel (PSC).

O STJ (Superior Tribunal de Justiça) determinou hoje o afastamento imediato de Witzel do cargo de governador do estado do Rio de Janeiro, devido a suspeitas de fraude em compras na área da saúde durante a pandemia do coronavírus.

Paes publicou uma foto no seu Facebook com um ovo de chocolate que vem com um brinquedo surpresa dentro.

'Avisei!', escreveu o ex-prefeito.

Eduardo Paes e Wilson Witzel disputaram as eleições para governador em 2018, ambos indo para o segundo turno.

Em uma outra publicação, Eduardo postou um vídeo de um debate contra Witzel. "A candidatura dele é desconhecida. Dele não sabemos nada. É no mínimo esquisita", diz ele.

Atualmente, Paes é pré-candidato para a prefeitura do Rio de Janeiro.

O ex-prefeito virou réu em março de 2020, por fraude de R$ 120 milhões em obras do Complexo Esportivo Deodoro Norte durante os Jogos Olímpicos de 2016.

A denúncia foi movida pelo MPF (Ministério Público Federal) e foi aceita pela 3ª Vara Federal Criminal do Rio.

Em junho, a juíza Alessandra Cristina Tufvesson, titular da 8ª Vara de Fazenda Pública do Rio de Janeiro, determinou que a prefeitura informasse sobre quais eventos foram feitos na residência oficial da Gávea Pequena por Eduardo Paes durante o período entre janeiro de 2009 e janeiro de 2017.

A ação civil se baseou em um vídeo publicado pelo ex-deputado federal Marco Antônio Cabral, filho do ex-governador Sérgio Cabral Filho (MDB), no qual ele afirma que diversos jantares e festas de aniversário foram realizados na residência oficial do prefeito quando Eduardo Paes ocupava o cargo.

Em julho, Paes voltou aos holofotes com a afirmação do MP-RJ de que havia indícios de que a OS (Organização Social) Iabas (Instituto de Atenção Básica e Avançada à Saúde) mantinha uma "relação espúria" com a prefeitura durante os dois mandatos dele — foi descoberto um desvio de R$ 6,5 milhões supostamente cometido por pessoas ligadas à OS com base em contratações de quatro empresas para prestação de serviços em unidades de saúde.

Contudo, não foi encontrado nenhum vínculo direto entre o ex-prefeito e o esquema.