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Flordelis não viaja a Brasília, e notificação da Câmara fica para amanhã

O pastor Anderson do Carmo de Souza e a deputada federal Flordelis (PSD-RJ) - Facebook/Reprodução
O pastor Anderson do Carmo de Souza e a deputada federal Flordelis (PSD-RJ) Imagem: Facebook/Reprodução

Luciana Amaral

Do UOL, em Brasília

08/09/2020 16h38Atualizada em 08/09/2020 16h38

A deputada Flordelis (PSD-RJ) não viajou a Brasília hoje como o esperado, e a notificação da Corregedoria da Câmara sobre o processo de investigação que pode culminar na cassação de seu mandato ficou para amanhã.

A notificação hoje havia sido acertada entre a equipe de Flordelis e a corregedoria, após duas tentativas sem sucesso de entrega do documento — no gabinete e no apartamento funcional. A previsão inicial era que a terceira tentativa de notificação fosse na residência da deputada no Rio de Janeiro, mas, após ela se comprometer a receber o aviso em Brasília, acabou sendo adiada.

Segundo apurou o UOL, Flordelis alegou à Câmara problemas de saúde para não ir à capital federal hoje.

A assessoria da deputada disse que ela chegará a Brasília amanhã. O corregedor da Câmara, deputado Paulo Bengtson (PTB-PA), afirmou que, após reunião com os advogados da corregedoria, decidiu-se fazer a notificação de forma presencial amanhã.

"Temos informações de que a deputada estará amanhã em Brasília para assinar a notificação e prestar esclarecimentos junto à corregedoria", disse Bengtson.

Flordelis foi denunciada sob acusação de ser mandante da morte do marido, o pastor Anderson do Carmo. Cinco de seus filhos, além de sua neta, foram presos no último dia 24, em operação coordenada pelo Ministério Público do Rio de Janeiro e pela Polícia Civil. Por ter imunidade parlamentar, a deputada não pode ser presa — a não ser em flagrante de crime inafiançável. Ao todo, 11 pessoas foram denunciadas pelo crime.

A deputada mantém empregado no gabinete da Câmara dos Deputados o filho afetivo Gerson Conceição de Oliveira, com o qual não pode ter contato segundo decisão judicial. Ele é investigado como possível coautor ou partícipe do assassinato do marido de Flordelis. Procurada pelo UOL, a assessoria de Flordelis informou que a exoneração foi solicitada e que deverá ser efetivada ainda hoje pelo setor responsável da Câmara.