Cristiane Brasil vê 'perseguição política' em mandado de prisão contra ela
A ex-deputada federal Cristiane Brasil (PTB-RJ) se defendeu alegando "perseguição política" contra ela e seu pai, o também ex-deputado federal Roberto Jefferson (PTB-RJ), após ser alvo hoje de um mandado de prisão na segunda fase da Operação Catarata. Cristiane é pré-candidata à Prefeitura do Rio de Janeiro nas eleições de novembro.
"Tiveram oito anos para investigar essa denúncia sem fundamento, feita em 2012 contra mim, e não fizeram pois não quiseram. Mas aparecem agora que sou pré-candidata a prefeita numa tentativa clara de me perseguir politicamente, a mim e ao meu pai", afirmou Cristiane.
Segundo a GloboNews, a Polícia Civil, com apoio do MP-RJ (Ministério Público do Rio), tentou cumprir o mandado de prisão contra Cristiane, mas não encontrou a ex-deputada.
Ela é suspeita de participação num suposto esquema de fraude a licitações que envolve o governo do estado e a Prefeitura carioca. Na mesma operação de hoje, o atual secretário estadual de Educação, Pedro Fernandes (PSC), foi preso, assim como mais dois empresários envolvidos no esquema e um ex-diretor da Fundação Leão 13, que está no foco das investigações.
Em sua defesa, Cristiane fez questão de lembrar que mais dois pré-candidatos à Prefeitura também foram alvos de operações nos últimos dias, incluindo o atual prefeito Marcelo Crivella (Republicanos). O ex-prefeito Eduardo Paes (DEM), inclusive, falou em "tentativa de interferência no processo eleitoral" após ser alvo de um mandado de busca e apreensão.
"Em menos de uma semana, Eduardo Paes, Crivella e eu viramos alvos. Basta um pingo de racionalidade para se ver que a busca contra mim é desproporcional. Isso deve ter dedo da candidata Martha Rocha, do Cowitzel e do André Ceciliano. Vingança e política não são papel do Ministério Público nem da Polícia Civil", acrescentou a ex-deputada.
Citada por Cristiane, Martha Rocha (PDT) também pré-candidata à Prefeitura do Rio, enquanto André Ceciliano (PT) é o atual presidente da Alerj (Assembleia Legislativa do Rio).
Cristiane nega mandado
No Twitter, a ex-deputada federal negou que os policiais que estiveram na sua casa mencionaram o mandado de prisão. No entanto, na própria rede social outros usuários responderam à publicação com uma imagem que mostra o mandado expedido anteontem pelo TJ-RJ (Tribunal de Justiça do Rio).
A ex-deputada também já foi vereadora pela cidade do Rio de Janeiro e chegou a ser cogitada para ser ministra do governo Jair Bolsonaro (sem partido).
Em 2018, Cristiane chegou a ser nomeada ministra do Trabalho pelo então presidente Michel Temer (MDB), mas sua posse foi suspensa pela Justiça Federal após denúncias de que dois ex-motoristas seus alegaram ter trabalhado sem carteira assinada.
ID: {{comments.info.id}}
URL: {{comments.info.url}}
Ocorreu um erro ao carregar os comentários.
Por favor, tente novamente mais tarde.
{{comments.total}} Comentário
{{comments.total}} Comentários
Seja o primeiro a comentar
Essa discussão está encerrada
Não é possivel enviar novos comentários.
Essa área é exclusiva para você, assinante, ler e comentar.
Só assinantes do UOL podem comentar
Ainda não é assinante? Assine já.
Se você já é assinante do UOL, faça seu login.
O autor da mensagem, e não o UOL, é o responsável pelo comentário. Reserve um tempo para ler as Regras de Uso para comentários.