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Cristiane Brasil vê 'perseguição política' em mandado de prisão contra ela

Ex-deputada federal é pré-candidata à Prefeitura do Rio pelo PTB - Reprodução/Twitter
Ex-deputada federal é pré-candidata à Prefeitura do Rio pelo PTB Imagem: Reprodução/Twitter

Do UOL, em São Paulo

11/09/2020 09h28

A ex-deputada federal Cristiane Brasil (PTB-RJ) se defendeu alegando "perseguição política" contra ela e seu pai, o também ex-deputado federal Roberto Jefferson (PTB-RJ), após ser alvo hoje de um mandado de prisão na segunda fase da Operação Catarata. Cristiane é pré-candidata à Prefeitura do Rio de Janeiro nas eleições de novembro.

"Tiveram oito anos para investigar essa denúncia sem fundamento, feita em 2012 contra mim, e não fizeram pois não quiseram. Mas aparecem agora que sou pré-candidata a prefeita numa tentativa clara de me perseguir politicamente, a mim e ao meu pai", afirmou Cristiane.

Segundo a GloboNews, a Polícia Civil, com apoio do MP-RJ (Ministério Público do Rio), tentou cumprir o mandado de prisão contra Cristiane, mas não encontrou a ex-deputada.

Ela é suspeita de participação num suposto esquema de fraude a licitações que envolve o governo do estado e a Prefeitura carioca. Na mesma operação de hoje, o atual secretário estadual de Educação, Pedro Fernandes (PSC), foi preso, assim como mais dois empresários envolvidos no esquema e um ex-diretor da Fundação Leão 13, que está no foco das investigações.

Em sua defesa, Cristiane fez questão de lembrar que mais dois pré-candidatos à Prefeitura também foram alvos de operações nos últimos dias, incluindo o atual prefeito Marcelo Crivella (Republicanos). O ex-prefeito Eduardo Paes (DEM), inclusive, falou em "tentativa de interferência no processo eleitoral" após ser alvo de um mandado de busca e apreensão.

"Em menos de uma semana, Eduardo Paes, Crivella e eu viramos alvos. Basta um pingo de racionalidade para se ver que a busca contra mim é desproporcional. Isso deve ter dedo da candidata Martha Rocha, do Cowitzel e do André Ceciliano. Vingança e política não são papel do Ministério Público nem da Polícia Civil", acrescentou a ex-deputada.

Citada por Cristiane, Martha Rocha (PDT) também pré-candidata à Prefeitura do Rio, enquanto André Ceciliano (PT) é o atual presidente da Alerj (Assembleia Legislativa do Rio).

Cristiane nega mandado

No Twitter, a ex-deputada federal negou que os policiais que estiveram na sua casa mencionaram o mandado de prisão. No entanto, na própria rede social outros usuários responderam à publicação com uma imagem que mostra o mandado expedido anteontem pelo TJ-RJ (Tribunal de Justiça do Rio).

A ex-deputada também já foi vereadora pela cidade do Rio de Janeiro e chegou a ser cogitada para ser ministra do governo Jair Bolsonaro (sem partido).

Em 2018, Cristiane chegou a ser nomeada ministra do Trabalho pelo então presidente Michel Temer (MDB), mas sua posse foi suspensa pela Justiça Federal após denúncias de que dois ex-motoristas seus alegaram ter trabalhado sem carteira assinada.