Topo

Crivella recorre ao STJ para anular busca e apreensão em operação

Marcelo Crivella considera a ação "injustificada" - Douglas Macedo/Divulgação
Marcelo Crivella considera a ação "injustificada" Imagem: Douglas Macedo/Divulgação

Eduardo Militão e Gabriel Sabóia

Do UOL, em Brasília e no Rio

11/09/2020 18h52Atualizada em 11/09/2020 18h58

O prefeito do Rio de Janeiro, Marcelo Crivella (Republicanos), recorreu hoje ao Superior Tribunal de Justiça para anular as ações de busca e apreensão que sofreu na quinta-feira (10) em ação da Polícia Civil e do Ministério Público do Rio. O relator do caso no STJ será o ministro João Otávio Noronha.

Uma operação de combate à corrupção apreendeu o celular do prefeito e fez varreduras em sua residência, a sede da Prefeitura e o Palácio da Cidade, de onde ele despacha.

Os policiais cumpriram 22 mandados de busca e apreensão em endereços de empresários e agentes públicos.

Os agentes também estiveram na casa do ex-senador Eduardo Lopes (Republicanos-RJ). Ele foi suplente da vaga de Crivella no Senado e assumiu o cargo em 2016, quando o bispo licenciado da Igreja Universal do Reino de Deus disputou a Prefeitura do Rio.

Outro alvo da operação foi Mauro Macedo, que foi tesoureiro da campanha de Crivella ao Senado, em 2008.

O Ministério Público do Rio afirmou em nota que "a operação decorre de inquérito policial instaurado para investigar possível organização criminosa e esquema de corrupção no âmbito da administração municipal carioca."

Crivella é candidato à reeleição no Rio. Ele disse que a proximidade da disputa torna a operação policial "estranha". Ele afirmou que, na semana passada, seu advogado colocou à disposição do Ministério Público os seus sigilos bancário, telefônico e fiscal.

"A ação durou cerca de uma hora e nada foi encontrado. Considero essa ação injustificada, já que sequer existe denúncia formal e eu não sou réu nesta ou em qualquer outra ação", disse o prefeito em nota.