Damares demitirá secretária que é mulher de blogueiro investigado, diz TV
A ministra da Mulher, Família e Direitos Humanos, Damares Alves, decidiu pela demissão de Sandra Terena, que é secretária de Políticas de Promoção da Igualdade Racial da sua pasta. Segundo informações da CNN Brasil, a saída de Sandra tem relação com o fato de a secretária ser mulher de Oswaldo Eustáquio, blogueiro bolsonarista investigado no inquérito que apura o financiamento de atos antidemocráticos.
Caso se concretize, a demissão coincidirá com o avanço das investigações pela PF (Polícia Federal). O inquérito foi aberto ainda em abril no STF (Superior Tribunal Federal) e é relatado pelo ministro Alexandre de Moraes. A investigação apura a organização de atos que defendiam o fechamento do Congresso e do próprio STF, pautas que são inconstitucionais.
O ministério da Família e Direitos Humanos virou alvo das investigações por causa da ligação direta ou indireta de servidores com as manifestações. A ativista de extrema direita Sara Geromini, conhecida como Sara Winter, é um exemplo de ex-funcionária da pasta sob suspeita de ter influenciado para que recursos federais fossem usados no financiamento de sites que propagaram os atos.
De acordo com a CNN Brasil, a decisão pela saída de Sandra foi motivada pela ligação da secretária com as atividades do seu marido. O blogueiro Oswaldo Eustáquio chegou a ser preso no final de junho e ficou dez dias na prisão. Poucos dias após ser solto, ele se filiou ao PTB (Partido Trabalhista Brasileiro), que é presidido pelo ex-deputado federal Roberto Jefferson.
A exoneração de Sandra deve ser publicada no DOU (Diário Oficial da União) ainda nesta semana. Damares já teria comunicado a secretária sobre sua demissão. A CNN Brasil afirma que procurou a ministra, mas Damares preferiu não se pronunciar sobre a demissão da secretária.
Jornalista e cineasta, Sandra Terena se tornou a primeira indígena a assumir uma secretaria nacional quando assumiu o cargo indicada por Damares, no início do ano passado.
O UOL entrou em contato com o Ministério da Mulher, Família e Direitos Humanos sobre a possível demissão, mas ainda não obteve resposta.
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