Bolsonaro volta a atacar Moro por causa de PF: 'Denúncia caluniosa'
O presidente Jair Bolsonaro (sem partido) voltou a atacar Sérgio Moro, ex-ministro da Justiça e Segurança Pública, em relação ao inquérito que investiga a suposta interferência do chefe do Executivo na PF (Polícia Federal).
"Ainda me acusam, naquele processo lá daquele cara, de interferência na PF... Não acharam nada sobre a interferência na PF. Inclusive considero aquilo uma denunciação caluniosa. Vamos esperar o processo chegar ao final para ver o que vamos fazer. Uma pessoa que resolveu me acusar do nada", afirmou Bolsonaro, na noite de hoje, durante live realizada nas redes sociais.
Embora o presidente não tenha citado o nome de Moro, a referência foi ao seu ex-ministro, pois a investigação foi aberta após Moro deixar a pasta da Justiça e Segurança Pública, em abril, afirmando que o presidente tentou interferir no comando da PF. Bolsonaro tem negado qualquer irregularidade.
O presidente voltou a afirmar que a Lava Jato continua, explicando a declaração que deu na semana passada sobre o fim da operação.
"Até falei outro dia que a Lava Jato não funciona. Para mim, não funciona, não funcionou para o meu governo. Como teremos outras operações da PF com a CGU [Controladoria-Geral da União] junto com o Ministério Público... Estamos trabalhando. Não tem como alguém achar que dá para controlar a PF", acrescentou.
Em sua última sessão no STF antes de se aposentar, o decano Celso de Mello votou a favor de rejeitar o recurso da AGU (Advocacia-Geral da União) que solicitava que Bolsonaro prestasse depoimento por escrito no inquérito sobre a suposta interferência na PF. O decano, que era o relator do inquérito no STF, afirmou que o depoimento por escrito seria um "privilégio" e que este direito não é garantido por lei ao presidente da República quando ele figurar como investigado no caso.
Desde então, Moro e Bolsonaro têm trocado farpas e indiretas publicamente.
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