Bilionário desmente assessoria e diz que segue na disputa por prefeitura
Depois da assessoria de imprensa do Porto Pontal Paraná confirmar sua desistência, o bilionário João Carlos Ribeiro (PSC) confirma que segue na disputa pela prefeitura de Pontal do Paraná. O candidato divulgou vídeo em suas redes sociais hoje: "A despeito de notícias falsas veiculadas nacionalmente, estamos firmes em nossa campanha. Não vamos desistir nunca em favor do crescimento de Pontal do Paraná e de sua população. Estaremos juntos para o crescimento e desenvolvimento de nossa comunidade", declarou.
Ribeiro tem interesse em construir um porto privado na cidade de 28 mil habitantes. O projeto esteve envolvido em uma operação da Polícia Federal na última semana, que investiga o pagamento de vantagens indevidas ao Ibama para a concessão de licenças ambientais. Chamada de "O Quinto Ato", a apuração envolveu também o nome do senador Fernando Collor (Pros-AL).
A reportagem de UOL recebeu a informação da assessoria de imprensa do Porto Pontal Paraná que a desistência do candidato era irrevogável para que ele pudesse se "dedicar pessoalmente à sua defesa contra as denúncias nas quais foi envolvido na última semana". "O empresário João Carlos Ribeiro informa que oficializou nesta sexta-feira (23) a desistência da sua candidatura pelo PSC às eleições municipais para o cargo de prefeito de Pontal do Paraná", disse a nota.
Neste sábado, a mesma assessoria informou que, após a divulgação do vídeo, não atende mais ao Porto Pontal Paraná. A companhia diz ter sido "surpreendida" com a mensagem nas redes sociais e que o contrato com o Porto Pontal Paraná foi rescindido imediatamente após a sua veiculação.
Polêmicas do Porto Pontal Paraná
O Porto Pontal Paraná está envolvido em uma série de polêmicas além da ação da Polícia Federal na última semana. O empreendimento já conta com licenciamento da Agência Nacional de Transportes Aquaviários (Antac), mas precisa que um acesso seja construído. A atual rodovia — a PR-412 — não supre a demanda local e sofre com congestionamentos durante os meses de verão.
A rodovia que beneficiaria o porto seria construída com dinheiro público. Chamado de "Faixa de Infraestrutura", o projeto teria mais de 28 kms de extensão (contando as vias ) e largura de 175 metros, contando a rodovia, o canal de macrodrenagem, a ferrovia, os dutos de drenagem e de gás, além de rede de transmissão elétrica. O projeto foi orçado em R$ 804 milhões.
Com um traçado que corta área preservada de Mata Atlântica, a estrada enfrenta verdadeira batalha de liminares no Superior Tribunal de Justiça (STJ), com questionamentos feitos pelo Ministério Público do Paraná.
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