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Defesa de Flávio Bolsonaro protocola notícia-crime contra Bonner e Renata

O senador Flávio Bolsonaro é alvo de investigação por esquema de rachadinha na Alerj - UESLEI MARCELINO
O senador Flávio Bolsonaro é alvo de investigação por esquema de rachadinha na Alerj Imagem: UESLEI MARCELINO

Do UOL, em São Paulo

06/11/2020 19h20

A defesa do senador Flávio Bolsonaro (Republicanos-RJ) protocolou, na tarde de hoje, uma notícia-crime contra os apresentadores do Jornal Nacional, William Bonner e Renata Vasconcellos, por veicularem informações sobre as investigações do caso das "rachadinhas" no gabinete de Flávio quando era deputado estadual.

O pedido foi feito junto à DRCI (Delegacia de Repressão Aos Crimes de Informática), no Rio de Janeiro. A informação foi divulgada pela Veja e confirmada pelo UOL.

Os advogados do senador, Rodrigo Roca, Luciana Pires e Juliana Bierrenbach, alegam que a TV Globo descumpriu ordem judicial ao veicularem matérias sobre o caso. Nesta semana, a emissora deu destaque ao depoimento de Luiza Souza Paes, ex-assessora de Flávio, confirmando a existência do esquema. O depoimento foi revelado, anteriormente, pelo jornal "O Globo".

Ela afirmou no depoimento que nunca atuou como funcionária de Flávio enquanto deputado, mas que tinha cargo registrado na Alerj (Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro) e repassava mais de 90% do salário recebido ao assessor Fabrício Queiroz.

Ainda ontem, a defesa do senador pediu ao Tribunal de Justiça do Rio que a emissora seja multada em R$ 500 mil para cada vez que descumprir a decisão.

O UOL entrou em contato com a TV Globo e ainda não recebeu retorno sobre o caso até a publicação deste texto.

STF não acatou reclamação da Globo contra proibição

Em outubro, o ministro do STF (Supremo Tribunal Federal), Ricardo Lewandowski, não acatou a reclamação da emissora contra a decisão que proíbe a divulgação de informações ou documentos sigilosos sobre o caso das rachadinhas. A informação foi dada pelo colunista do UOL, Chico Alves.

A emissora reclamava a decisão expedida, no início de setembro, pela juíza Cristina Feijó, da 33ª Vara Cível do TJ-RJ. Segundo a Globo, a determinação configurava censura e contrariava a própria jurisprudência do STF de proteção à liberdade de expressão e ao direito de informação.