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Após pane no TSE e no STJ, Fux diz que Justiça precisa aprimorar tecnologia

O ministro Luiz Fux, do Supremo Tribunal Federal - STF
O ministro Luiz Fux, do Supremo Tribunal Federal Imagem: STF

Felipe Amorim

Do UOL, em Brasília

18/11/2020 16h34

Após falha na totalização dos votos do primeiro turno pela Justiça Eleitoral, e de o STJ (Superior Tribunal de Justiça) ser alvo de um ataque hacker, o presidente do STF (Supremo Tribunal Federal), Luiz Fux, afirmou hoje que o Judiciário precisa se aprimorar na área tecnológica.

A afirmação foi feita na tarde de hoje, durante a primeira reunião do Comitê de Segurança Cibernética do Poder Judiciário, órgão criado pelo CNJ (Conselho Nacional de Justiça). Como presidente do STF, Fux também dirige o CNJ.

"Os avanços têm os seus preços, nós verificamos que precisamos nos aprimorar nessa área da tecnologia, principalmente porque estamos lançando através do CNJ o programa Justiça 100% Digital", disse Fux.

"Por outro lado nós também não podemos desconhecer uma realidade presente, que foram os eventos que ocorreram no Superior Tribunal de Justiça, que ficou praticamente uma semana parado, e o TSE que também noticiou que houve problemas na apuração das eleições em decorrência de, digamos assim, incidentes relativos à área digital que nós precisamos nos aprimorar", afirmou o ministro.

No início do mês, o STJ foi alvo de um ataque hacker que tirou do ar a rede interna da corte no último dia 3 e suspendeu as sessões por videoconferência.

Já no último domingo (15), o TSE (Tribunal Superior Eleitoral) enfrentou uma falha na totalização dos votos do primeiro turno das eleições que provocou um atraso de duas horas e meia na conclusão do processo.

A totalização é a soma dos votos registrados nas urnas eletrônicas para a divulgação nacional dos resultados pelo TSE. O atraso na totalização não afetou a regularidade da apuração dos votos.

O Comitê de Segurança Cibernética foi criado pelo CNJ após o ataque ao STJ.

O comitê reúne especialistas em segurança digital de tribunais e órgãos do Judiciário e deverá propor uma estratégia de segurança cibernética e da informação para as diferentes instâncias da Justiça.